Eu sou uma erva daninha
A proliferar no seu jardim
Pode ser que sua vizinha
Exija dar cabo de mim
Nasci nos confins do sertão
Aprendi beber água de cactos
Engolir poeira, passar provação
Erva daninho pra mim espetáculo!
Eu sou uma erva daninha
Posso arruinar seu jardim
Assim fala a sua vizinha
Correndo atrás de mim
Meto o pau na cobra
Calo de vez seu chocalho
Comigo não tem manobra
Desembaralho qualquer baralho
Você é um cabra arretado
Um homem de muita fibra
Confio no seu resguardo
Em proteger minha vida
Em voce ninguém bole
Quem tentar dança
Faço voto que não me amole
Minha ira é uma lança.
Ter você em minha vida
É ter grande e raro tesouro
A vizinha de inveja intriga
A querer você que é de ouro
A vizinha de raiva se intrigou
Passa entorta a cara e se dana
Eu que não sou bobo me vou
Pra seus braços minha dama.
Amor encontra em meus braços
De aconchego prá viver feliz
Longe e livre dos embaraços
Dessa cobra por um triz
Pinote pra lá pulo pra cá
Ninguém vai me acertar
Quando digo quero te amar
É porque a paixão foi te buscar.
Cuidado meu amor querido
Essa cobra nunca desiste
Arma tudo é um perigo
Ganhar pelo mal insiste
Ligo-me no maligno
Meu coro é de aço
Se vier na paz é amigo
Caso contrário arma-se o laço.
Em meu amor eu confio
Mas essa maligna é fato
É cobra que espirra veneno
Até parece um couro sapo
Bato o martelo nesta peleja
Não esqueça, meus versos tem raça
Trouxe estes pra minha realeza
A inveja mata quem nela se abraça
Está bem amado meu
Toda fala sua ouço
Quero agora meu beijo
E jogue-a no calabouço
Vamos agora brindar
TIM, TIM chegou a hora
Quero com voce celebrar
Antes que a noite vá embora.
LunaDIP & Jamaveira
A inspiração viaja sem destino, quando encontra atino se desatina e o poeta em versos se manifesta, é a ficção criando asas, utopia de duas almas que se juntam na criação como se assim fosse uma só. > Jamaveira
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