Eu sou a palavra amor.
Eu sou o cabo da faca
Que corta o pão e o queijo
A teima do burro que empaca
Tambem sou o sabor de um beijo.
Sou o felizardo que ganhou
De ti a petála branca e macia
E por causa dela ainda vou
Ser um rei de tantas poesias.
Eu sou a agua que desce
Na encosta de uma ladeira
Eu sou quem jamais esquece
De uma "linda mulher" faceira.
Eu sou a superstição
Que ninguem gosta de ter
Sou o olho de um furacão
Sou quem nasceu pra escrever.
Sou o almejado diploma
Sou o anél da formatura
Sou o estado de coma
Sou a própria sepultura.
Eu sou o nectar da flor
Que um colibri cobiça
Eu sou a palavra amor
Sou o silencio na missa.
Eu sou uma ave arisca
Sou a presensa de espirito
Sou um relampágo que risca
A escuridão do infinito.