EU SOU O MESTRE DE OBRAS

Eu quero vida abundante,

Saúde e compreensão,

Vontade de prosseguir,

Nesta minha construção.

Eu sou o mestre de obras,

Desta eximia existência,

Devido a tantas carências,

Desanimo até me sobram.

Nos lampejos de euforia,

Abasteço a minha alma,

Quando ela fica vazia,

Elimina a minha calma.

Seguindo a lei da razão,

Procuro neste palheiro,

Na palma de minha mão,

Simbolizando o esmero.

Pois nela tem a fração,

Detendo a composição,

Do universo profundo,

De tudo que há no mundo.

Simplicidade complexa,

Bem a moda da existência,

Onde côncavo e convexo,

Delimitam a transparência.

Mas se quiser me entender,

Tenho que me desfazer,

Com relevante urgência,

Das inúteis dependências.

Redondilhas maior.

Miguel Jacó
Enviado por Miguel Jacó em 07/04/2010
Código do texto: T2182120