EU SOU O MESTRE DE OBRAS
Eu quero vida abundante,
Saúde e compreensão,
Vontade de prosseguir,
Nesta minha construção.
Eu sou o mestre de obras,
Desta eximia existência,
Devido a tantas carências,
Desanimo até me sobram.
Nos lampejos de euforia,
Abasteço a minha alma,
Quando ela fica vazia,
Elimina a minha calma.
Seguindo a lei da razão,
Procuro neste palheiro,
Na palma de minha mão,
Simbolizando o esmero.
Pois nela tem a fração,
Detendo a composição,
Do universo profundo,
De tudo que há no mundo.
Simplicidade complexa,
Bem a moda da existência,
Onde côncavo e convexo,
Delimitam a transparência.
Mas se quiser me entender,
Tenho que me desfazer,
Com relevante urgência,
Das inúteis dependências.
Redondilhas maior.