Incerto

Eu não sei se este destino

travou guerra contra mim,

pois eu vivo em desatino

com a dor punge e sem fim...

Foi lutando nesta vida

que tornei-me amargurado,

muito cheio de ferida,

tão secreto e tão fechado.

Já não sei se sou sereno,

homem bruto ou mentiroso

por fingir estar ameno,

tendo o meu mar furioso.

E sorrio com engano...

As perguntas se afungentam!

Vou seguindo o meu bom plano;

vou voando com a Tam...

Tudo em mim é triste e ermo,

solidão voraz a pino,

paciente, fraco, enfermo...

Só não sei se é o meu destino.

21/03/2010

Cairo Pereira
Enviado por Cairo Pereira em 02/04/2010
Reeditado em 02/04/2010
Código do texto: T2173088
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