Incerto
Eu não sei se este destino
travou guerra contra mim,
pois eu vivo em desatino
com a dor punge e sem fim...
Foi lutando nesta vida
que tornei-me amargurado,
muito cheio de ferida,
tão secreto e tão fechado.
Já não sei se sou sereno,
homem bruto ou mentiroso
por fingir estar ameno,
tendo o meu mar furioso.
E sorrio com engano...
As perguntas se afungentam!
Vou seguindo o meu bom plano;
vou voando com a Tam...
Tudo em mim é triste e ermo,
solidão voraz a pino,
paciente, fraco, enfermo...
Só não sei se é o meu destino.
21/03/2010