A coisa mais incerta.
Sou o canto da cigarra
O barulho da cascata
Sou o auge da algazarra
Os coriangos em serenata.
Eu sou a palavra não
Quando o sim é necessario
Sou a folha seca no chão
Um numero no calendário.
Sou um pebleu carente
Sonhando com uma princesa
Sou a carta da vidente
Anunciando uma incerteza.
Sou a silenciosa viola
Pendurada na parede
Sou um brinco de argola
E o teu lindo vestido verde.
Sou tudo que você quizer
Sou a coisa mais incerta
Sou o sorriso da mulher
Afinal sou um poeta.