Sou o narrador do diàlogo.
Eu sou a gota de orvalho
Na petála branca e macia
Sou o vento frio no galho
No amanhecer de um novo dia.
Sou a paz sou a calmaria
E o vendaval repentino
Sou o autor daquela poesia
Que fala de um desatino.
Sou o narrador do diàlogo
Entre o silencio e a escuta
Eu sou simplesmente o epìlogo
De uma acirrada disputa.
Sou a lamina que apavora
O indefeso bicho da goiaba
Sou lagrima de quem vai embora
Quando a verdade do amor acaba.
Sou uma dose especifica
De um terrivel veneno mortal
Eu sou quem nunca explica
Porque se inventou o pedestal.
Eu sou um pedaço de nada
Que vai tentando sobreviver
Sou o dono da caneta prateada
Que só pra você sabe escrever.