TROCA TROVAS II
TROVAS PARA A VOVÓ
No balanço da cadeira
Vovó relembra o passado
Foi moça namoradeira
Até de homem casado!
O homem diz: sou casado!
A Vovó lhe dá um basta.
Mas como diz o ditado:
‘O boi amarrado pasta!’
CELINA FIGUEIREDO:
Diante do computador
Bisavó só quer saber
De escrever versos de amor
E o passado reviver.
VOVÓ
Sem tricô e sem crochê,
Sem o vovô espiando,
Fica a vovó no PC
Versos de amor digitando.
EULINDA BARRETO:
Da cadeira que balança,
E dos seus olhos tristonhos,
Trago, na minha lembrança,
A vovó no fim dos sonhos.
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NO JARDIM
Perguntei à margarida
Porque Florisbela chora
Respondeu-me comovida:
- Jardineiro foi embora!
CELINA FIGUEIREDO:
Jardineiro apaixonado
Deu adeus à Florisbela.
Encontrou bem do seu lado
Rubra Rosa bem mais bela
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A RESPOSTA
O desafio está feito
Venha de cima ou de baixo
Sem consoante me ajeito
Uma coisinha eu encaixo.
VILA:
Não resisto a desafio
Nestes versos insisto
E como um gato no cio
Nenhum perigo avisto!
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MARCOS MEDEIROS:
Belas trovas, Daguinaga
Tive o prazer de aqui ler
Versos fluentes na saga
De quem gosta de escrever.
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Agradeço sua visita
Aos meus escritos brejeiros
Onde o meu coração grita
E assino Marcos Medeiros.
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INFELICIDADE
O sofrimento o abate
A sua dor é tamanha
Que o coração já nem bate
Humildemente apanha!
MIGUEL JACÓ:
Se rende ao seu castigo,
Eleva seu pensamento,
Mas vai continuar vivo,
Buscando o merecimento.
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AMIZADE
Ai que saudade do amigo
Carlinhos versejador
Em trovas brinca comigo
Um grande motivador!
CARLOS SOARES:
Amiga não fique triste,
Estou aqui a trovar.
A amizade que existe
É mister do meu lugar.
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Fico contente em saber
Estar a te motivar,
Porisso vou te dizer...
Daguinaga... é de matar!
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Sou de matar, ele diz.
Eu não mato nem mosquitos.
Estou aqui como aprendiz
A obedecer aos quesitos.
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MIGUEL JACÓ:
Trovas de vários assuntos,
Com a mesma categoria,
Ler você eu já presumo,
Minha intensa alegria.