TROCA TROVAS II

TROVAS PARA A VOVÓ

No balanço da cadeira

Vovó relembra o passado

Foi moça namoradeira

Até de homem casado!

O homem diz: sou casado!

A Vovó lhe dá um basta.

Mas como diz o ditado:

‘O boi amarrado pasta!’

CELINA FIGUEIREDO:

Diante do computador

Bisavó só quer saber

De escrever versos de amor

E o passado reviver.

VOVÓ

Sem tricô e sem crochê,

Sem o vovô espiando,

Fica a vovó no PC

Versos de amor digitando.

EULINDA BARRETO:

Da cadeira que balança,

E dos seus olhos tristonhos,

Trago, na minha lembrança,

A vovó no fim dos sonhos.

###

NO JARDIM

Perguntei à margarida

Porque Florisbela chora

Respondeu-me comovida:

- Jardineiro foi embora!

CELINA FIGUEIREDO:

Jardineiro apaixonado

Deu adeus à Florisbela.

Encontrou bem do seu lado

Rubra Rosa bem mais bela

###

A RESPOSTA

O desafio está feito

Venha de cima ou de baixo

Sem consoante me ajeito

Uma coisinha eu encaixo.

VILA:

Não resisto a desafio

Nestes versos insisto

E como um gato no cio

Nenhum perigo avisto!

###

MARCOS MEDEIROS:

Belas trovas, Daguinaga

Tive o prazer de aqui ler

Versos fluentes na saga

De quem gosta de escrever.

***

Agradeço sua visita

Aos meus escritos brejeiros

Onde o meu coração grita

E assino Marcos Medeiros.

###

INFELICIDADE

O sofrimento o abate

A sua dor é tamanha

Que o coração já nem bate

Humildemente apanha!

MIGUEL JACÓ:

Se rende ao seu castigo,

Eleva seu pensamento,

Mas vai continuar vivo,

Buscando o merecimento.

###

AMIZADE

Ai que saudade do amigo

Carlinhos versejador

Em trovas brinca comigo

Um grande motivador!

CARLOS SOARES:

Amiga não fique triste,

Estou aqui a trovar.

A amizade que existe

É mister do meu lugar.

***

Fico contente em saber

Estar a te motivar,

Porisso vou te dizer...

Daguinaga... é de matar!

**

Sou de matar, ele diz.

Eu não mato nem mosquitos.

Estou aqui como aprendiz

A obedecer aos quesitos.

###

MIGUEL JACÓ:

Trovas de vários assuntos,

Com a mesma categoria,

Ler você eu já presumo,

Minha intensa alegria.