Obra bonita da natureza.
O vento balança o galho
Num sicronismo perfeito
Derruba no chão o orvalho
Mas não se dá por satisfeito.
Leva a folha morta caida
Num insano rodamoinho
Sem dá tempo pra despedida
E nem conhecer o caminho.
Sacode o ninho das aves
Num vai e vem incostante
Com gestos delicados e suaves
Como numa missão importante.
Agita as aguas calma do lago
Ondula o verde dos campos
Tal qual mãos num afago
Tira da rota os pirilampos.
Assovia entre os galhos da selva
E insulta as ondas do mar
Espalha o sereno na relva
E se faz invisivel ao luar.
Se torna brisa na petála da flor
Sem ferir sua cor e beleza
Parece acariciar o seu esplendor
Obra bonita da natureza.