Port Prince

Na cruz o olhar te implora,
senhor, qual rumo seguir
a força rui se deplora
a vida cai sem porvir.

Te olho e nada sei
pequeno inútil eu fico.
a terra ruge na lei
do universo profícuo.

Imploro-te da-me força
o tempo é cego e mudo;
Na venda os olhos iça
em vão e já fico surdo.

O espetáculo vem consigo
a dança está frenética
adeus papai, mamãe, casa
Na cruz a dor é castigo?

A mente guarda uma sena
no selo fica a mensagem
a história escreve na pena
registro de tatuagem.

Port Price em negritude
chorando teus filhos vem
na reza de homem rude
jorrando o sangue que tem.
                         sonianogueira
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 22/01/2010
Reeditado em 04/07/2010
Código do texto: T2044994
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