Merda alheia

Olhos vermelhos

Não olham para os lados

abertos vermelhos relatam loucura

Ali na esquina, perdido na rua

Mesmo aberto , se sente na escura

Porra, fissura, em meio as putas

Zona de vida que só perturba

Sua armadura no vento flutua

Se não e fiel o guerreiro se afunda

E quem se julga na merda profunda

Se sente sempre como um zé bunda

No corredor, pesa o Senhor

O seu amor, não a sua cor

o oprimido virou, opressor

O que oprimia, foi afogado na pia

Enquanto a Tia sobe o Morro

Suor, sufoco, latinha da troco

Não e muito como seu ouro

Mas meu Tio, tambem não e touro

Enterra tesouro, colhe desgosto

Mulher vadia, Pai um corno

Madama de jóia de A3

La na esquina tem vários freguês

Faz faculdade de direito

Se prostitui no meio tempo

Para se manter

Precisa fuder

Cinco por noite

Já da para ter

Especial, cartão de credito

No outro estado seu pai e medico

Manda dinheiro do Paraná

Para republica poder pagar

Mal sabe ele que sua filha

Gasta bem mais do que ele da

Arisca se pá

Pegar doença

Porque a nota

Sua única Crença

Faz o presente

Esquece o passado

Miséria de espírito

E' herdado

Por outro lado

Já to cansado

Todo este papo

Saturado

Não tem família como abelha

Sua vida uma

Merda alheia

guido campos
Enviado por guido campos em 06/01/2010
Reeditado em 06/01/2010
Código do texto: T2013507
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