Merda alheia
Olhos vermelhos
Não olham para os lados
abertos vermelhos relatam loucura
Ali na esquina, perdido na rua
Mesmo aberto , se sente na escura
Porra, fissura, em meio as putas
Zona de vida que só perturba
Sua armadura no vento flutua
Se não e fiel o guerreiro se afunda
E quem se julga na merda profunda
Se sente sempre como um zé bunda
No corredor, pesa o Senhor
O seu amor, não a sua cor
o oprimido virou, opressor
O que oprimia, foi afogado na pia
Enquanto a Tia sobe o Morro
Suor, sufoco, latinha da troco
Não e muito como seu ouro
Mas meu Tio, tambem não e touro
Enterra tesouro, colhe desgosto
Mulher vadia, Pai um corno
Madama de jóia de A3
La na esquina tem vários freguês
Faz faculdade de direito
Se prostitui no meio tempo
Para se manter
Precisa fuder
Cinco por noite
Já da para ter
Especial, cartão de credito
No outro estado seu pai e medico
Manda dinheiro do Paraná
Para republica poder pagar
Mal sabe ele que sua filha
Gasta bem mais do que ele da
Arisca se pá
Pegar doença
Porque a nota
Sua única Crença
Faz o presente
Esquece o passado
Miséria de espírito
E' herdado
Por outro lado
Já to cansado
Todo este papo
Saturado
Não tem família como abelha
Sua vida uma
Merda alheia