Rosa despedaçada
Era uma rosa, em toda sua beleza,
Não havia outra igual.
Vermelha em pele de seda,
Fenomenal.
Um dia mãos imundas
Pegou a rosa sem jeito,
Andou, montou palco com ela,
Pregada ao peito.
Porém essa cena teve
Curta, bem curta duração.
A rosa já não servia.
Já não era de estimação.
Aquelas mãos imundas,
Adentrou em jardim alheio;
Causando mais uma desgraça,
No coração de um jardineiro.
Por essa rosa não teve
Nenhum pingo de compaixão.
Arrancando-lhe as pétalas
Ainda em botão.
Jardineiro revoltado,
Convocou seu exército,
Até os espinhos,
Fez belo serviço.
“Mãos imundas” saiu dali
Todo transfigurado.
Levou tamanha lição,
Por todos será lembrado.
Não mecha com as rosas,
Elas têm dono, é vigiada.
Um dia sua vida,
Ficará atrapalhada.
Um aviso lhe foi dado:
Tome juízo, acredite.
Há rosas e rosas...
Nenhuma lhe pertence.