Rosa despedaçada

Era uma rosa, em toda sua beleza,

Não havia outra igual.

Vermelha em pele de seda,

Fenomenal.

Um dia mãos imundas

Pegou a rosa sem jeito,

Andou, montou palco com ela,

Pregada ao peito.

Porém essa cena teve

Curta, bem curta duração.

A rosa já não servia.

Já não era de estimação.

Aquelas mãos imundas,

Adentrou em jardim alheio;

Causando mais uma desgraça,

No coração de um jardineiro.

Por essa rosa não teve

Nenhum pingo de compaixão.

Arrancando-lhe as pétalas

Ainda em botão.

Jardineiro revoltado,

Convocou seu exército,

Até os espinhos,

Fez belo serviço.

“Mãos imundas” saiu dali

Todo transfigurado.

Levou tamanha lição,

Por todos será lembrado.

Não mecha com as rosas,

Elas têm dono, é vigiada.

Um dia sua vida,

Ficará atrapalhada.

Um aviso lhe foi dado:

Tome juízo, acredite.

Há rosas e rosas...

Nenhuma lhe pertence.

Ione Sak
Enviado por Ione Sak em 18/12/2009
Código do texto: T1984770
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.