O espinho e o perfume.
Foi embora a lua
E de novo amanheceu
A saudade continua
O coração não esqueceu.
Vai a manhã vem a tarde
E logo chega a noite
E ela sem piedade
É um castigo,um açoite.
Ela insiste em viver
Ao meu lado todo dia
E quando eu vou escrever
Invade a minha poesia.
Se eu consigo dormir
Estende a rede no meu sonho
Ela só quer usufruir
De tudo que é meu eu suponho.
Mando ela embora e ela vai
Mas volta jogo em seguida
E na mesma tecla cai
A rotina da minha vida.
E por viver tão sozinho
Querendo a felicidade
Me acostumei com o espinho
E o perfume da saudade.