O espinho e o perfume.

Foi embora a lua

E de novo amanheceu

A saudade continua

O coração não esqueceu.

Vai a manhã vem a tarde

E logo chega a noite

E ela sem piedade

É um castigo,um açoite.

Ela insiste em viver

Ao meu lado todo dia

E quando eu vou escrever

Invade a minha poesia.

Se eu consigo dormir

Estende a rede no meu sonho

Ela só quer usufruir

De tudo que é meu eu suponho.

Mando ela embora e ela vai

Mas volta jogo em seguida

E na mesma tecla cai

A rotina da minha vida.

E por viver tão sozinho

Querendo a felicidade

Me acostumei com o espinho

E o perfume da saudade.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 03/12/2009
Código do texto: T1957882
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