Como oficio distinto.

É um brinquedinho barulhento

O cerébro de um poeta

Amoroso e tambem ciumento

É uma frase incompleta.

Um sonhador inveterado

Está sempre em outro lugar

E por tudo é apaixonado

E ao passado quer voltar.

Fala de flores e abelhas

E de coisas que nunca viu

Uma corda bamba,centelhas

Mergulhadas em desafio.

Tudo que é belo lhe convem

Mas tem a tristesa por perto

Desvenda o paraiso e vai alem

Mas nunca descarta o deserto.

Uma simples gota de orvalho

Já se torna o seu universo

Amores?só os que dão trabalho

No fim tudo se transforma em verso.

É como um monstro sagrado

Para quem não lhe conhece

E as vezes é até condenado

Porque com outra coisa se parece.

É um universo infinito

Um turbilhão de coisas a dizer

E tem como oficio distinto,

Compor e pra posteridade escrever.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 25/11/2009
Código do texto: T1943326
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