TROVAS XCVII
Espalhadas pelo Recanto

Não te deixes sofrer tanto
que a vida não se acabou.
Afoga no mar teu pranto,
esquece quem te magoou.
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Roxa saudade me abraça,
do véu da vida se veste,
em braços ternos me enlaça,
me leva a gozos celestes.
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 Lua cheia e estrelas
acenderam nosso amor.
A sorrir, você, ao vê-las,
deu-me um beijo com ardor.
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Os teus olhos a sorrir
mil palavras pronunciaram.
Os teus lábios, sem pedir,
em silêncio me beijaram.