Sou um exentrico trovador.

Eu sou a piada sem graça

Sou a petála da rosa amarela

O barulho do vento que passa

Sou o verde do vestido dela.

Sou o peixe que dribla o anzol

E a chuva mansa na noite

Sou um dia nublado sem sol

A tortura da algema e do açoite.

Sou o grito de um pobre infeliz

Que ninguem se propõe escutar

Sou tudo aquilo que você sempre quiz

Sou alguem que só nasceu pra te amar.

Eu sou o azul do teu infinito

E uma brisa mansa na manhã

Mas sei que te deixo de coração aflito

Quando confesso que sou teu maior fã.

Sou aquele coelho que um mágico

Subitamente tira da sua cartola

Sou quem transforma o trágico

Numa belissima moda de viola.

Sou a mula que arrombou a horta

Porque tinha a intenção de fugir

Um exentrico trovador que importa

Unicamente em te fazer sorrir.

Sou uma estrela que risca o céu

E você ao me ver faz logo um pedido

Sou a luz destes teus olhos de mel

Sou só o medo de morrer esquecido.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 28/10/2009
Código do texto: T1892938
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.