Sou um exentrico trovador.
Eu sou a piada sem graça
Sou a petála da rosa amarela
O barulho do vento que passa
Sou o verde do vestido dela.
Sou o peixe que dribla o anzol
E a chuva mansa na noite
Sou um dia nublado sem sol
A tortura da algema e do açoite.
Sou o grito de um pobre infeliz
Que ninguem se propõe escutar
Sou tudo aquilo que você sempre quiz
Sou alguem que só nasceu pra te amar.
Eu sou o azul do teu infinito
E uma brisa mansa na manhã
Mas sei que te deixo de coração aflito
Quando confesso que sou teu maior fã.
Sou aquele coelho que um mágico
Subitamente tira da sua cartola
Sou quem transforma o trágico
Numa belissima moda de viola.
Sou a mula que arrombou a horta
Porque tinha a intenção de fugir
Um exentrico trovador que importa
Unicamente em te fazer sorrir.
Sou uma estrela que risca o céu
E você ao me ver faz logo um pedido
Sou a luz destes teus olhos de mel
Sou só o medo de morrer esquecido.