TROVAS LXXXVII
Espalhadas pelo Recanto

À loucura de um amor
me entreguei um certo dia.
Mas foi grande a minha dor
ao sentir que me iludia.
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Sonhares e nostalgia
invadem a madrugada.
São cinzas de fantasia,
paixão não realizada.
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Moça feia, da janela,
vê o seu amor passar.
Sonha um dia, na capela,
co'esse moço se casar.
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Cortina de chuva desce
da beira do meu telhado.
Quem dera ess'água pudesse
lavar a dor do passado!

PARTICIPAÇÕES

Á loucura do primeiro Amor
Não me entreguei um certo dia.
Hoje... como se pétalas de dor
É Chão e razão de minha poesia
      (SonhoAzul)

Coitada da moça feia
De tão feia me deu dó.
Quando for  a lua cheia
Esconder-se é melhor. 
  (Anita Cambuim) 

Guardar a dor do passado
não, isso  não guardo não
prefiro ficar ao lado
do amor do meu coração.
     (J.Estanislau Filho)

Sinceramente acredito,
e duvidar nem precisa:
Tem tamanho do infinito,
a inspiração da poetisa.
     (KNZ) 

Água eu sei que lava tudo, 
diz um popular ditado. 
Mas me calo, fico mudo: 
não lavou o amor passado.
    (HLuna)

Se esse amor foi loucura
e já passou, recomece;
encontre um amor-ternura,
que só te trará benesses.
  (Reneu do Amaral Berni)