Eu que em noites sem luar 
senti a mais negra solidão
abafei a voz de meu cantar
sufocando no peito a canção

Eu que em manhãs a acordar
com o sol a distribuir calor
fiquei muitas vezes sem notar
que no jardim nascia uma nova flor

Eu que muitas vezes vi chover
nas tardes de lembranças molhadas
deixei apenas o tempo acontecer
esquecendo de mim pelas calçadas

Eu que amo com todo coração
dedilhando emoções em tristes ais
recordo a tua voz com emoção
compondo com ela em pautas musicais

Eu que senti a alma estremecer
no momento em que foste embora
fico juntando sonhos para tecer
em meus lábios teu beijo como outrora


 19/10/09  **Marilda** (lavienrose)

Marilda Lavienrose
Enviado por Marilda Lavienrose em 19/10/2009
Código do texto: T1875329
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