TROVAS LXXXI
Espalhadas pelo Recanto

Sem amor e sem calor
morre a pobre mariposa.
De seu sonho resta a dor
de um corpo em fria lousa.
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Trago aqui a flor mimosa
que nasceu bem junto a mim.
Ela tem a cor da rosa
e o perfume do jasmim...
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A minha estrela perdi
no infinito azul do céu.
Distraída eu só vi
me envolver da noite o véu.
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Tortura-me esse vazio,
enche minh'alma de tédio.
Quero nas águas dum rio
lançar a dor sem remédio....
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Fazer trovas, minha amiga,
é um vício sem remédio.
É proposta que instiga,
chega mesmo a ser assédio.
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PARTICIPAÇÕES
Remédio assim nunca vi, 
cura dor, qualquer ferida. 
Assim é que digo a ti: 
fazer trova é minha vida.
(HLuna)
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Fazer trova me acalma
Com certeza te asseguro
Pois ela nasce da alma
E elimina todo escuro...
(Claraluna
)