SOBERANA
Deixe-me morar na beleza de teus olhos
Lá eu encontro o sossêgo e a paz
Esse pequeno universo de brilhos formosos
Esse belo negro mar de ventos ditosos
Um castelo sublime onde a minha alegria se faz
Quero estar refletido nessa magia de espelho
Projetado em um céu de noite de verão
Com luar e estrelas, tal qual um concerto
Sintonia unissona, harmonia por certo
Melodia de amor a tocar o coração
Deixe-me lá estar, como um fidalgo, um nobre
Lá, o meu reino onde sou soberano
Pois na luz dos olhos meus, que ao firmamento sobe
Tú és a soberana, a rainha, a que tudo se dobre
Revestida de amor, puro amor, como o de um arcano