Louvor De Gratidão a Deus

Eu sou tolo meu Senhor!...

Sou cruel e muito mau,

desconheço o teu Amor

que me é incondicional!

Como posso entristecer-te

infringindo os Estatutos?

Como posso querer ver-te

se nem dou-te ternos frutos?

Como eu vou poder amar

um alguém de coração

se não posso perdoar,

me doar sem ter razão?

Se doar sem ter razão

é difícil meu Senhor!

... No Calvário à multidão

demonstrastes teu Amor...

Como posso ser mesquinho,

egocêntrico, idiólatra...?

Tu divides o pouquinho

mesmo ao néscio, falso, idólatra...

Tu nos dá sem cobrar nada.

Só nos pede obediência.

Mas sem rumo e sem estrada

preferimos decadência.

Como não vemos o Tudo,

o Infinito do teu Lar

que conosco, sobretudo,

prevalece teu Amar,

preferimos o negrume

deste mundo torpe e vil

com a moda, com costume,

com a iniquidade hostil...

Como eu posso nunca ver

teu sublime e excelso Amor

e jamais reconhecer

que sou néscio e pecador?...

Que meus olhos têm escamas

que não deixam-me enxergar

o Farol, as ternas tramas

que fizeste pra salvar?

Eu não posso - e nunca mais!

Fecharei os olhos meus

pra fugir do Elísio e Paz,

me esconder de ti oh, Deus!

Pois me sinto tão pequeno

neste imenso planetário

por sentir o Amor sereno

que escorreu lá no Calvário.

Foi a tua compaixão;

foi teu Verbo que é vivo

que me deu justo perdão

e hoje não sou mais cativo.

As amarras que prendiam

minhas pernas, minhas mãos...

Para mim elas serviam

pra prender-me à perdição.

As escamas que fechavam

estes olhos belos meus

nunca, nunca me deixavam

ver a tua face oh, Deus.

Mas a tua Caridade

resgatou-me deste mundo

e hoje eu vejo a Claridade

e o teu sangue rubicundo.

Pois sou reconhecedor

deste Amor lindo, infinito...

Eu te louvo ó meu Senhor,

amo e adoro ao Deus bendito!

26/08/2009 12h30

Cairo Pereira
Enviado por Cairo Pereira em 26/08/2009
Reeditado em 20/07/2010
Código do texto: T1776008
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