O MEU CANCIONEIRO * Perenidade
Não há fomes, não há sedes
no vosso recolhimento?
Senhora minha, que vedes
além das quatro paredes
da cela desse convento?
E que poderá trazer-vos
a renúncia deste mundo?
Não há sangue, não há nervos,
não há o sonho a querer-vos,
este sonho em que me inundo?
Senhora minha, quisestes
dizer à vida que não!
Mas como, se não pudestes
sob as monásticas vestes
matar o meu coração!
10 de Junho de 2006.
Viana do Alentejo*Évora*Portugal
Do livro em construção:
O MEU CANCIONEIRO
(Poesia de Amor)