O MEU CANCIONEIRO * Perenidade

Não há fomes, não há sedes

no vosso recolhimento?

Senhora minha, que vedes

além das quatro paredes

da cela desse convento?

E que poderá trazer-vos

a renúncia deste mundo?

Não há sangue, não há nervos,

não há o sonho a querer-vos,

este sonho em que me inundo?

Senhora minha, quisestes

dizer à vida que não!

Mas como, se não pudestes

sob as monásticas vestes

matar o meu coração!

10 de Junho de 2006.

Viana do Alentejo*Évora*Portugal

Do livro em construção:

O MEU CANCIONEIRO

(Poesia de Amor)

José Augusto de Carvalho
Enviado por José Augusto de Carvalho em 13/06/2006
Reeditado em 30/12/2018
Código do texto: T174588
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