Contemplo o barco do amor.
Princesa de olhos verdes
Contrasta com a floresta
Cai na malhas das tuas redes
E ai acabou a minha festa.
Um colibri seresteiro
Amante da liberdade
Me tornei um prisioneiro
Do olhar dessa beldade.
O mundo ficou lá fora
É melhor seguir a risca
A vida é outra agora
Eu invento ela confisca.
O verde é a cor preferida
É isso que eu digo pra ela
A minha alma atrevida
Ficou humildezinha perto dela,
O pensamento viajando
E eu aqui bem quietinho
O meu jardim cultivando
Me arranhando de espinho.
Em noite de lua cheia
E madrugada de calor
Eu sinto meus pés na areia
E contemplo o barco do amor.