O MEU CANCIONEIRO * Pandemia
Não queirais ler nestes versos
os mundos que vos afligem...
P'los caminhos mais diversos,
haveis de encontrar, dispersos,
mais versos de insana origem.
Versos de amor e de dor,
de sonhos e pesadelos...
Qualquer, seja lá quem for,
mesmo até sem ser doutor,
há-de saber escrevê-los...
Já é uma pandemia
esta ânsia de versejar!...
E, distante, a Poesia,
ah, como ela se arrepia,
sozinha, no seu altar!
***
7 de Junho de 2006.
Viana do Alentejo* Évora * Portugal