TROVAS ANONIMAS

Quem foi que disse que quero
Me apaixonar novamente
Conservo a razão por perto
Vigilante eternamente.
*
Meu coração simplesmente
Cerrou as portas, dormiu
A ilusão sutilmente
Desconfiou e sumiu.
*
Dizem saudade ter cor
Mas essa eu desconheço
Se esta cinza não for
Desta vez eu pago o preço,
*
Aonde quer que exista espaço
Há uma nota no ar
Regendo em vários compassos
O canto que se cantar.
*
A música é como alimento
No sustento da existência
Por isso há encantamento
Em quase toda freqüência.
*
Não importa a nacionalidade
Quem canta males espanta
Atrai a felicidade
Aconchega esperança.


Brasília, DF
Registrado na Biblioteca Nacional