EU QUERO CANTAR UM FADO
Eu quero cantar um fado
Entoá-lo por todo o lado
Até que a voz me doa
Abraçado a quem me ama
Numa esquina de Alfama
Da cidade de Lisboa
Ao som da viola e da guitarra
Despir a minha samarra
E cantar a noite inteira
Viver a vida alfacinha
Juntamente com a Dilinha
E mostrar-lhe o amor da Beira
Para isso à velha cidade
Eu vou com assiduidade
Afinar a minha garganta
Imito também os fadistas
Nas suas nobres conquistas
Onde o sussesso espanta
Quem me dera ter mais voz
Para que o amor entre nós
Fosse chamariz à beira Tejo
Via-se um beirão gingão
Muito sério a pedir a mão
À mulher do Ribatejo
Fica para eternidade
Este fado que na verdade
Retrata os nossos corações
Prisioneiros por sistema
Esconder é o nosso lema
O amor entre nós os dois.
Eu quero cantar um fado
Entoá-lo por todo o lado
Até que a voz me doa
Abraçado a quem me ama
Numa esquina de Alfama
Da cidade de Lisboa
Ao som da viola e da guitarra
Despir a minha samarra
E cantar a noite inteira
Viver a vida alfacinha
Juntamente com a Dilinha
E mostrar-lhe o amor da Beira
Para isso à velha cidade
Eu vou com assiduidade
Afinar a minha garganta
Imito também os fadistas
Nas suas nobres conquistas
Onde o sussesso espanta
Quem me dera ter mais voz
Para que o amor entre nós
Fosse chamariz à beira Tejo
Via-se um beirão gingão
Muito sério a pedir a mão
À mulher do Ribatejo
Fica para eternidade
Este fado que na verdade
Retrata os nossos corações
Prisioneiros por sistema
Esconder é o nosso lema
O amor entre nós os dois.