LABIRINTO
Se me chamarem poeta,
Direi...Poeta não sou!
O poeta finge dor
Eu fujo da dor que sou...
Finjo ser feliz assim,
Dor, eu escondo do canto,
Sobrevivo por fingir
Que é rosa a cor do pranto.
Dos espinhos faço agulhas
Com que costuro os retalhos
Que sobram da dor que tinjo
Das cores que colho em migalhas...
E provo, renovo a Vida,
A cada passo que ensaio,
Por entre as dores que não finjo,
Tropeço, peco e não caio.
Perco, é parco o pecúlio
Das estrelas que juntei,
Mas as poucas que retenho
São puro ouro de lei...
Finjo a alegria do amor,
Mesmo na cena mais nua,
Porque a arte de fingir
É amar-te, Vida crua!
Ser poeta, eu não sou,
Não finjo dor de viver...
A dor é que vive em mim,
Escondida e a sofrer...
(Foto: Rio Douro e vinhas)
Se me chamarem poeta,
Direi...Poeta não sou!
O poeta finge dor
Eu fujo da dor que sou...
Finjo ser feliz assim,
Dor, eu escondo do canto,
Sobrevivo por fingir
Que é rosa a cor do pranto.
Dos espinhos faço agulhas
Com que costuro os retalhos
Que sobram da dor que tinjo
Das cores que colho em migalhas...
E provo, renovo a Vida,
A cada passo que ensaio,
Por entre as dores que não finjo,
Tropeço, peco e não caio.
Perco, é parco o pecúlio
Das estrelas que juntei,
Mas as poucas que retenho
São puro ouro de lei...
Finjo a alegria do amor,
Mesmo na cena mais nua,
Porque a arte de fingir
É amar-te, Vida crua!
Ser poeta, eu não sou,
Não finjo dor de viver...
A dor é que vive em mim,
Escondida e a sofrer...
(Foto: Rio Douro e vinhas)