Muié bunita, sabida e caxacêra CL/AR

Claraluna

Muié bunita e sabida

É dois pirigo pra mim,

Ou min istrago na bibida

Ou nu bolso da cupin.

Airam Ribeiro

Cuma de fatu é u’a bestêra

Cazá cum muié sabida,

Inda mais ci fô caxacêra

E comi cum farinha a bibida.

Claraluna

Muié sabida inté podi

Mais cachacêra é um probema,

A sabida nos acodi

A cachacêra é dilema.

Airam Ribeiro

É mermo cuncordo cancê

Qui é um probemão,

O mio é mermo num bebê

E caí fora do barcão.

Claraluna

Quando do barcão cai fora

Já é feio pra daná,

Muié beba e caipora

É coiza pra invergonhá.

Airam Ribeiro

Pió quando sai cambaliano

Xamano caxôrro de caxo,

Na perna vai trupicano

Qui vê o xão mais imbáxu.

Claraluna

Deus mi livri dessi incosto

Muié beba é um trupêço,

Mata os fio di disgosto

Nun sabi o fim nem u cumeço.

Airam Ribeiro

Ela axa qui é bunito

Vai bebeno pra isquecê,

Na carçada da um gumito

Despois vorta pra bebê.

Vai pidino a saidêra

U’a duas cinco vêiz,

Ela isqueci da primêra

Inton cumeça tudu travêiz.

Airam Ribeiro
Enviado por Airam Ribeiro em 30/08/2008
Reeditado em 02/09/2008
Código do texto: T1153871