Quero de volta a criança
Dias sem horas ou medos
Viver a luz da esperança
Tão simples e sem segredos
Quando eu era criancinha
Pro Papai do Céu eu rezava
Eu era inocente de tudo
Até na "cegonha" acreditava!
Devolve-me a inocência,
em algum canto perdida!
Faze de mim transparência,
luz, candura renascida!
As brumas da inocência o tempo levou,
descortinou meu mundo de fantasia,
mas hoje, o sonho meu coração bordou
com fios dourados de pura poesia.
Dorme, criança querida
Cansada de labutar.
Sonha, que tens na tua vida
Um anjo pra te ninar.
Se a criança vive em nós,
Mesmo depois de crescidos,
Jamais nos sentimos sós,
Os dias são coloridos.
Criança-andorinha
dos olhos de Deus, um aceno
para que perseveremos, serenos
na divina inocência, que em nós se aninha.
Inocência de menina
Nasci assim peregrina
Aprendendo com as dores do mundo
Serei criança eternamente
Vania StaggemeierMinha criança cresceu
A inocência perdeu
Mas continuo acreditando
Nos sonhos que vou plantando
Sempre sou uma criança
Jogo bola, peteca e xadrez
Na jogada da esperança
Não vou passar minha vez.
Os seus olhos cintilantes me olham
Na certeza de um instante de amor
Veneram a inocência sentida
É mais fogo e mais calor...
A inocência dos meus olhos
Inda hoje em mim a trago
Num bercinho de mil folhos
ao abrigo do meu Fado...
Se te abrigas no teu fado
Para seres criancinha
Vou te cantar com agrado
Ó linda portuguesinha.
Quadra inspirada no texto Esperança
do poeta Ronaldo Ribeiro