Deserto

Quem no deserto prossegue,

Quando o sol tudo clareia?

Não há mar que se navegue...

Se for só um mar de areia.

Sou um nomade errante,

Que vive assim sem destino,

Sou da vida um viajante...

Que cometeu desatino.

Esse deserto em meu peito,

Surgiu por sua partida.

Só de areia ele é feito...

Água não tem, não tem vida!

Quisera ser navegante,

Singrar pelo mar azul,

E encontrar, triunfante...

Um porto ao norte ou ao sul.

Um porto onde seu sorriso,

Fosse a fonte de água pura,

Oásis ou paraíso...

Meu instante de ternura.

Mas o deserto infinito,

Me prende na solidão.

E sufocando meu grito,

Me lanço na imensidão.

Procuro teu rosto amado

Neste deserto sem fim.

E no vazio encontrado...

Choro com pena de mim!

Dete Reis

Dete Acioli
Enviado por Dete Acioli em 18/06/2008
Reeditado em 31/08/2008
Código do texto: T1039372
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