Violência
Ao pensar na violência
que no mundo, hora campeia,
eu me vejo envolto em teia
me esmerando na prudência...
Ficar livre desta praga
não vislumbro seu caminho
quando vejo que o vizinho
tá usando a minha vaga...
Este mal que está no ar
se fazendo conhecer
tá no fundo do meu ser
tá na rua, tá no altar!
Como posso acreditar
que ela está longe de mim?
Tão querendo esse meu rim
pra vender à quem comprar...
No olhar de quem circula
vejo o medo já instalado
como fosse algum pecado
sem remédio e sem a bula...
Nada há pra se fazer
a não ser se resguardar
não deixando ela entrar
lá no âmago do ser...
Ao pensar na violência
vejo que ela é tão matreira
vem se faz de companheira
pra roubar nossa inocência
Faz você ficar bem louco
desejando se vingar,
com a palavra mais o olhar,
de quem de você faz pouco...
Mestre há que eu não contesto
que atenção nos recomenda;
do soneto até a emenda
do calar ao manifesto...
O cuidado é necessário
pois viver é perigoso
nesta selva do tinhoso
neste mundo solitário!
Querida Claraluna dando-me a honra de sua participação nesse poema
A violência, amigo,
Está em todo lugar
Você pode ser ferido
até dentro do seu lar.
Não existe segurança
Onde Deus não mora mais,
Só nos resta a esperança
Que o mal não venha, jamais!
Gostei muito destas trovas
O estilo é todo teu,
Com elas, tudo renovas,
Até este verso meu...
Querida Milla Pereira, também dando a honra de sua participação
A violência é a base
Da sociedade atual
Já passou por outras fases
Mas nunca vi coisa igual.
São filhos matando pais
E pais que assassinam filhos
Eu já não suporto mais
A vida, perdeu o brilho!
Nós precisamos orar
Por esses seres perdidos
P'ra que elas possam achar
Na vida, algum sentido