DESERTO Margarida Silveira (margale)
chore vento
teu pranto molha o deserto
teu pranto rega a flor teu pranto cobre a grama
chore de amor
quem me dera poder chorar como você
quem me dera ter teu sopro
sozinha no deserto
com o coração a palpitar de amor
porém
quem sou? sou deserto e solidão
que quer amar,quer se encontrar
voltar viver,com o vento,com a flor
regar o mundo de sonhos e amor
que bom se o vento,a natureza
com sua beleza,sua sutileza
nos quer mostrar,sopre as entranhas
batalhas ganhas,que só o teu sopro
pode nos dar.