ELOGIO DA LOUCURA
(I) Esfinge
Em mim, o céu e o inferno de Dante
convivem pacificamente
mesclados, irmanados, aliados.
Sons de harpas e gritos de guerra ecoam em mim
numa ópera-rock solta no espaço
e presa à minha garganta.
Tenho em mim todas as cores
gradações irmanadas, gradações isoladas;
uma forma igual, mas capaz de gerar todos os tipos de formas.
Em mim um espaço em branco,
vazio cheio de possibilidades
diariamente me decifrando - e me devorando.
(II) Rasante da alma
Eu quero arriscar
o vôo rasante dos loucos
sobre o precipício da razão.
Capturar minha pele de bicho,
voltar a ver a face dos deuses,
e sentir a fé dos que desafiam
o guardião invisível
dos segredos dos mortos.
Eu quero o batismo de fogo,
olhar sem medo a Grande Foice
do Senhor do Tempo
girando sobre minha cabeça.
Nadar no que flui da alma,
enxergar o arco-íris sobre o precipício,
e renascer a cada dia que nasce
da noite escura dos sentidos.
(III) Mandala
Eu tenho um disco voador dentro de mim
seres esotéricos
brilhantes da luz
que ilumina a alma.
Budistas, taoístas, maometanos
gritando AXÉ!!
Eu tenho um disco voador dentro de mim
seres da paz com asas de Fênix
brilhantes do fogo
que ao primeiro homem assustou.
Católicos, protestantes, umbandistas
Gritando: HARI, HARI!!
Eu tenho um disco-voador
dentro de mim
por isso sonho todas as noites
com um contato imediato
no meu quarto
da janela que dá para um muro.
(I) Esfinge
Em mim, o céu e o inferno de Dante
convivem pacificamente
mesclados, irmanados, aliados.
Sons de harpas e gritos de guerra ecoam em mim
numa ópera-rock solta no espaço
e presa à minha garganta.
Tenho em mim todas as cores
gradações irmanadas, gradações isoladas;
uma forma igual, mas capaz de gerar todos os tipos de formas.
Em mim um espaço em branco,
vazio cheio de possibilidades
diariamente me decifrando - e me devorando.
(II) Rasante da alma
Eu quero arriscar
o vôo rasante dos loucos
sobre o precipício da razão.
Capturar minha pele de bicho,
voltar a ver a face dos deuses,
e sentir a fé dos que desafiam
o guardião invisível
dos segredos dos mortos.
Eu quero o batismo de fogo,
olhar sem medo a Grande Foice
do Senhor do Tempo
girando sobre minha cabeça.
Nadar no que flui da alma,
enxergar o arco-íris sobre o precipício,
e renascer a cada dia que nasce
da noite escura dos sentidos.
(III) Mandala
Eu tenho um disco voador dentro de mim
seres esotéricos
brilhantes da luz
que ilumina a alma.
Budistas, taoístas, maometanos
gritando AXÉ!!
Eu tenho um disco voador dentro de mim
seres da paz com asas de Fênix
brilhantes do fogo
que ao primeiro homem assustou.
Católicos, protestantes, umbandistas
Gritando: HARI, HARI!!
Eu tenho um disco-voador
dentro de mim
por isso sonho todas as noites
com um contato imediato
no meu quarto
da janela que dá para um muro.