Tempo e os destempos da paixão.
O tempo de te amar é agora,
Pois logo mais será trastempo,
Da paixão que se assenhora.
E se ao menos o contratempo,
Da paixão que a razão ignora,
Se fizesse lucida num momento.
Seria eu, o mesmo de outrora.
Livre da paixão e de seu destempo.
Que hoje em meu peito mora.
(Molivars).