Tempo e os destempos da paixão.

O tempo de te amar é agora,

Pois logo mais será trastempo,

Da paixão que se assenhora.

E se ao menos o contratempo,

Da paixão que a razão ignora,

Se fizesse lucida num momento.

Seria eu, o mesmo de outrora.

Livre da paixão e de seu destempo.

Que hoje em meu peito mora.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 15/11/2015
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