O POETA E O PARTO
O lençol branco se estende,
O poeta que sente as dores,
Vê-se em trabalho de parto;
Então, estoura a bolsa da alma,
O lençol branco é manchado,
E, nele está o recém-nascido.
Vê-se o recém-nascido,
Que não chora a própria dor,
Mas, chora a dor do poeta.