O POETA E O PARTO

O lençol branco se estende,

O poeta que sente as dores,

Vê-se em trabalho de parto;

Então, estoura a bolsa da alma,

O lençol branco é manchado,

E, nele está o recém-nascido.

Vê-se o recém-nascido,

Que não chora a própria dor,

Mas, chora a dor do poeta.

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 17/08/2014
Reeditado em 17/08/2014
Código do texto: T4926493
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