POEMA DE UMA TARDE DE SOL
descansarei nos lábios do meu bem como se fosse o último copo com bebida quente, pois a bebida não mente, ela apenasmente informa que é proibida para menores de 18 anos e que se beba com moderação, mas eu não!
eu descanso no colo do meu bem, como se descesse aos infernos fortalezenses, com suas ruas e avenidas, repletas de pessoas amordaçadas e caladas, calçadas destruídas, mendigando beijos e caricias
queria na boca de meu bem poupar-lhe o trabalho duro, acordar cedo pra isso, ter medo daquilo, um quilo de esperança e um litro de descanso pra ela
mas me deito em vã indecência a prejudicar a lógica do sistema
com minha opiniões tortas e minhas idéias alertas
fico esperto e me dopo de pensamentos secretos
me considero segredo
e me agravo sagrado
e não sei mas descansar
se um dia souber eu te poupo de tanta polifonia
e me quedo a te beijar!