LÍNGUA FERINA
Senhor livra minha alma dos lábios mentirosos
Desta língua enganadora de tanta tentação dançando no quadril
Quisera não fosse eu um cão celerado que fareja esta serpente ardil
Tantos encantos atrevidos pareciam dançarinas sibilantes
Como dois olhos frios em busca do bote instantâneo a me distrair
E eu a presa de seu pútrido instante, pois seu intento é destruir.
Sem amigos as muralhas não resistem e com efeito
A lingua mais ferina é a que não cria raiz e espalha aos quatro ventos
Sem o menor contexto palavras ao coração que seca e jaz em nosso peito