Desenho e Escrita
Sinopse
Desenho e Escrita
O desenho começa com uma escrita e a escrita como um desenho. Com o tempo a criança cria formas de diferenciação entre um e outro. O desenho favorece a expressão de uma ideia,contribui para a construção da escrita,pode ser mediador entre o eu da criança e o mundo.
O interesse pelos desenhos infantis começou segundo Meredieu (1994), no fim do século XIX, período em que as crianças começaram a ter acesso ao papel e ao lápis, materiais até então muito raros. E de uso restrito. Antes disso,as crianças desenhavam,no chão e nas paredes usando gravetos ou pedaços de carvão.
Entre 1880 e 1900, surgiram os estudos do artista italiano Corrado Rizzi, que viu em uma parede desenhos feito por crianças. Intrigado com aquelas figuras desajeitadas,ele começou a refletir sobre a diferença entre a arte das crianças e dos adultos.Em 1887,Rizzi publicou A arte das crianças pequenas,livro que sistematizou os estudos sobre desenhos infantis e despertou o interesse pelo assunto.
Em 1907, o sociólogo Probst estudou os desenhos de crianças muçulmanas, sob influencia de evolucionismo de Spencer, comparando-os com os dos povos primitivos, o que lhe rendeu duras criticas do historiador francês Jean-Pierre Rioux. Em 1926, a primeira psiquiatra a utilizar o desenho na cura de crianças e a teorizar sobre essa utilização.Sophie Morgenstern,pesquisou os traumas que provavelmente uma criança de 9 anos teria por ter sido mutilada.Esses traumas acreditava,poderiam ser desvendados pelos desenhos feitos pela criança.
Os desenhos das crianças interessam às diversas áreas do conhecimento, principalmente à psicologia, que reconhece as intenções da criança ao representar a realidade. o estudo de Luquer (1969) sobre o desenho infantil apresenta cinco estágios para seu desenvolvimento:
1. Realismo fortuito:a criança faz marcas no papel sem a intenção de representar a realidade,significa um treino da coordenação motora e um prazer sinestésico;
2. Desenho voluntario:a criança tema intenção de representar suas ideias por meio do desenho,apesar de não ser,em um primeiro momento compreendida pelo adulto;
3. Incapacidade sintética ;a criança começa a representar os objetos os objetos de diferentes formas e,segundo Piaget (1989),se preocupa com os aspectos topológicos dos objetos (noções de dentro/fora,perto/longe etc.)
4. Realismo intelectual:os desenhos já apresentam as formas próprias dos objetos reais.
5. Realismo visual:a criança mostra uma relação entre os objetos desenhados.
Segundo Mèredieu (1994), no entanto, ao nomear o desenvolvimento do desenho da criança, por exemplo, ”como realismo fortuito”, Luquer atribuiu ao trabalho infantil à inabilidade motora e a falta de atenção. O trabalho só estará acabado quando puder ser compreendido por uma visão adulta.
- Autor:
- Su Aquino
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- Enviado por:
- Su Aquino
- Enviado em:
- 15/09/2012
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