O "Eu" e o Outro: tensões e viagens em Augusto dos Anjos
Sinopse
Na poesia de Augusto dos Anjos, deparamos com uma preocupação em descrever os mecanismos da máquina humana, com o intuito de compreendê-la. O Criacionismo e o Evolucionismo se encontram. O místico, o transcendente se instaura diante do terreno, do materialismo. Desse pasto, Augusto retira o “adubo” de sua criação literária, transformando-a em um estudo científico (físico, químico, biológico, filosófico e psicológico)[...] Ao analisar os poemas mais extensos como “Monólogo de uma sombra”, “As cimas do destino” e “Os doentes”, principalmente, entrevemos um eu lírico que deixa de olhar apenas para si e foca o outro, o mundo decadente ao seu redor, seja numa viagem terrena, seja transcendente. Assim, a cidade, no cair da noite, é ícone de reflexões filosóficas, mas também berço dos doentes, das prostitutas, dos mendigos, dos animais. Um poeta expressionista, que com suas exclamações, parece gritar ao mundo toda a sua angústia.
- Autor:
- Márcio Adriano Moraes
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- 177 KB
- Enviado por:
- Márcio Adriano Moraes
- Enviado em:
- 13/05/2017
- Classificação:
- seguro