Canções de Protesto: sujeito e memória no discurso de poetas brasileiros.

Neste trabalho, assumimos como perspectiva teórica a Análise de Discurso de linha francesa e buscamos, mesmo que preliminarmente, compreender o movimento discursivo que joga na produção de sentidos em letras de músicas brasileiras de épocas distintas. Para tal, colocamo-nos em posição de pensar a materialização desse discurso, de corroborar uma leitura ‘menos transparente’ dos textos que circulam socialmente – dos sentidos censurados, interditados. Assim, nosso corpus constitui-se pelas letras de Apesar de você e Construção, de Chico Buarque; Sampa, de Caetano Veloso; Que país é esse?, de Renato Russo; e, Minha alma , de O Rappa – letras sobre as quais, por meio dos discursos disponíveis do senso comum, recaem, ou melhor, enceram-se, talvez, sentidos derivados de formações discursivas culturalmente dominantes.