AUTORITARISMO À BRASILEIRA A PARTIR DAS MEMÓRIAS DO “MENINO DE ENGENHO”
Sinopse
Introdução: A partir dos textos literários o historiador pode mergulhar nos costumes de um povo, na vida social e política de uma época, nos conflitos entre gerações distintas, nos sonhos e esperanças de uma Classe Social. No entanto, não devemos ver tais textos como cópias de uma realidade, mas como representações verossímeis ou não de um dado contexto histórico. Em nosso caso ao questionarmos o romance Menino de Engenho, do escritor Paraibano José Lins do Rego, partimos da noção do historiador Carlo Ginzburg (2007): que rastros, que imagens, que vestígios da história brasileira podem ser vislumbrados a partir da obra em questão? Desenvolvimento: Menino de Engenho foi publicado em 1932, mas o contexto das memórias de Carlos de Melo, o Carlinhos – personagem central da obra - é uma referência ao inicio do século XX, ou seja, o Brasil Republicano pós Escravidão. Ao ler e reler o romance percebe-se que todo o enredo é marcado por autoritarismos que atravessam – direta ou indiretamente - a vida de Carlinhos. Esse autoritarismo se expressa através do Mandonismo (ações do seu avô José Paulino), do Racismo velado e da desigualdade social (os empregados do Engenho em posições subalternas) e do Machismo (as mulheres como objeto sexual do doutor Juca, filho do Coronel José Paulino e herdeiro do Engenho Santa Rosa).
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- Tierrez
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- 14/11/2019
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