Da Arqueologia à Genealogia: apontamentos para a epistemologia, a ciência e o saber na obra de Michel Foucault

Este trabalho ao abordar os conceitos de “arqueologia” e a “genealogia” presentes na obra de Michel Foucault tem como objetivo apresentar seus principais elementos, suas formações e suas transformações ao longo do tempo. Além disso, será analisado semelhanças e diferenças básicas desses em relação à epistemologia, às ciências e aos saberes. Em um primeiro momento, buscaremos destacar as contribuições teóricas da arqueologia foucaultiana. A mesma pode ser entendida como uma postura metodológica de análise. Nesse sentido, ao longo de suas pesquisas, Foucault (2005) procurou refletir sobre o seu próprio procedimento utilizado e por vezes explicitado. O autor, então, tem como propósito precisar suas categorias analíticas, superar dificuldades encontradas em seus estudos ou por outros teóricos. Portanto, longe de ser um manual, quando se fala em método arqueológico não se deve tomar a expressão no sentido de um número determinado de prescrições a serem utilizados na produção de um conhecimento. Em seguida, apontaremos os novos rumos propostos pelo teórico francês para as análises históricas dos saberes com base naquilo que ele definiu como “genealogia do poder”. A perspectiva genealógica foucaultiana (1979) analisa os saberes através dos fatores que interferem na sua emergência, permanência e adequação ao campo discursivo que perpassam por diferentes dispositivos .