Epistemicídio e a categoria político-cultural de amefricanidade em Lélia Gonzalez.

Ásè! É fato que a lógica estrutural do racismo resulta no genocídio do povo preto. Os processos cruéis de colonização, as imposições desumanas da escravização, o falso abolicionismo sem reparação, as subcondições de emprego e salário, os neocolonialismos, a educação racista da branquitude, o neoliberalismo, o etnocentrismo, o não acesso ao saneamento básico, a desigualdade e discriminação racial, a violência do tráfico e das polícias, o ódio velado e explícito a pele negra etc resultam num processo de higienização social do Estado segregacionista (GIOPPO, 1996), a que denominamos genocídio em curso dos corpos pretos do Brasil, da Améfrica Ladina e do mundo. Concordamos que o povo preto que fora submetido a tais processos coloniais de dominação e poder e mesmo o povo preto de hoje é fruto da diáspora afreekana, entendendo diáspora como a saída, voluntária (como a que acontece hoje, por exemplo, na UNILAB, que acolhe estudantes internacionais de Afreeka) ou involuntária (como o tráfico de pessoas negras para as escravizações coloniais e as existentes nos dias que correm), dos povos afreekanos de seu continente para outras terras.