Em defesa das Forças Armadas Brasileiras
Segundo a Constituição Federal de 1988, art. 1º, caput, o Brasil é uma República Federativa formada pela união indissolúvel dos Estados, Distrito Federal e Municípios, o que significa com base na Teoria Geral do Estado, que o Brasil é um país independente, reconhecido internacionalmente junto a ONU, Organização das Nações Unidas, e demais organismos internacionais. A soberania é uma característica das nações independentes, mas não se pode e não se deve esquecer que não basta se afirmar que uma nação é soberana, é preciso que esta soberania possa ser mantida e quando necessário defendida, pois caso contrário a nação hoje independente amanhã poderá se tornar possessão de uma outra nação com interesses imperialistas. O Brasil é um país que por suas características territoriais e também por suas riquezas naturais desperta interesses em outras nações, que devido a carência de recursos começam a desenvolver teorias na busca de uma conquista não pelas armas mas por meio de influências políticas e econômicas. Devido a esta realidade chega-se a conclusão que o Brasil necessita investir mais em suas forças de segurança, ou seja, nas Forças Armadas, para que estas tenham os meios e as condições necessárias para preservarem a soberania nacional, e as riquezas naturais e minerais pertencentes ao país. Nos últimos anos, devido a questões de natureza ideológica, as Forças Armadas Brasileiras têm sido sucateadas, deixadas de lado, como se esta conduta fosse o melhor caminho para a nação. Por força do período compreendido entre 1964-1985, existe ainda por parte de alguns setores uma certa reserva com as forças militares, o que não se justifica, até porque a questão foi devidamente pacificada com a anistia ampla, geral e irrestrita. O momento atual exige o desenvolvimento dos objetivos nacionais, a busca de um crescimento sustentável que possa gerar empregos, melhorar a qualidade de vida dos brasileiros, mas ao mesmo tempo existe a necessidade de uma política efetiva de segurança, sem a qual o Brasil poderá ficar vulnerável frente às nações da América Latina. Apesar de sua extensão territorial e das riquezas que estão presentes tanto em terra como no mar, o Brasil possui atualmente apenas e tão somente cinco submarinos para cuidar de toda a costa, o que é motivo de preocupação, sendo que nem todos se encontram em pleno funcionamento. A Força Aérea Brasileira considerada uma das melhores do mundo enfrenta sérias dificuldades para colocar os seus aviões em operação, enquanto a Venezuela uma nação com um PIB bem menor que o brasileiro tem adquirido aviões de última geração para preservar e defender o seu espaço aéreo. O Exército Brasileiro também enfrenta sérias dificuldades para o desenvolvimento de sua missão constitucional. Os blindados estão desatualizados, e falta ainda investimentos que são essenciais para a defesa do território e principalmente de nossa maior riqueza a Amazônia brasileira. A Amazônia, ou seja, a Amazônia legal, representa 50% do território brasileiro e possui várias riquezas minerais e naturais e a população precisa e deve saber que existem várias nações interessadas nestas riquezas e para tanto estão dizendo que esta área seria um patrimônio da Humanidade, o coração do mundo, e outras adjetivos que não passam de ideologia. A Amazônia não foi e nunca será patrimônio da Humanidade, patrimônio da Unesco, ou patrimônio de qualquer outro organismo internacional. A Amazônia pertence única e exclusivamente ao povo brasileiro, e é patrimônio do Brasil, a quem cabe decidir as políticas que devem ser implementadas naquela região. A preservação da Amazônia exige investimentos nas Forças Armadas Brasileiras, que possuem homens e mulheres qualificados para o exercício da missão, mas que não tem recebido os recursos necessários. O Brasil tem condições para tanto e precisa urgentemente reaparelhar sua força de segurança. A melhoria de condições já deveria ter sido feita há muito tempo. Já passou da hora a aquisição de novos aviões, novos submarinos, novos blindados, e outros bens necessários para a preservação do território nacional e suas riquezas. A população também precisa saber que nações como os Estados Unidos têm estabelecido bases militares no Paraguai, e também possui pretensões de estabelecer bases militares em países como a Argentina, a Colômbia e outros. Neste sentido, é preciso uma política efetiva voltada para a defesa da nação. A Constituição Federal, que no dizer de Rui Barbosa é a rainha das leis, estabelece expressamente a segurança como um direito fundamental do cidadão, o que significa que a segurança nacional também é um direito fundamental do cidadão, e nesta seara não pode e não devem existir dúvidas, mas investimentos, sem os quais a nação brasileira poderá sofrer prejuízos em sua soberania e também em suas riquezas naturais e minerais.