O conceito de Deus na filosofia
Platão concebe Deus como "artífice do mundo", porém com um poder limitado pelo modelo que ele imita: o mundo das ideias ou das realidades eternas. Já Aristóteles considera que Deus é o "primeiro motor" ao qual necessariamente se filiava a cadeia de todos os movimentos, pois tudo o que se move é movido por outra coisa.
Para Tomás de Aquino, Deus é "o necessário da plenitude originária e ilimitada de toda realidade e toda perfeição do ser".
Para Aristóteles, Deus é o "primeiro motor" e a causa final que cria a ordem do universo.
Aristóteles, filósofo da Grécia Antiga, desenvolveu o argumento cosmológico para uma "primeira causa" ou motor imóvel, que muitos associaram a Deus.
Para Hegel, Deus é espírito, concreto.
A filosofia cristã tem algumas doutrinas sobre Deus, como:
Deus e o mundo material são separados.
Deus se manifesta em três pessoas distintas, a Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo).
A alma humana participa da divindade e é superior ao corpo.
Na maioria das concepções, Deus é visto como a causa primeira e imutável do universo, ou seja, o princípio que está por trás de tudo o que existe e que não pode ser explicado por meio das leis naturais.
Entre os filósofos que discutiram o tema, podemos citar Platão, que defendia a existência de um Deus criador e bondoso, capaz de criar o mundo por meio de sua razão e inteligência;
Aristóteles, que defendia a existência de um Deus que seria a causa final do universo e que teria um papel fundamental na busca pela felicidade humana; e Santo Agostinho, que defendia a existência de um Deus pessoal e amoroso, capaz de libertar os seres humanos de seus pecados e conceder a salvação.
Além disso, também devemos mencionar pensadores como Spinoza, que concebeu Deus como a natureza e a substância única de todas as coisas, e Nietzsche, que afirmou que Deus está morto e que cabe ao ser humano criar seus próprios valores e significados para a vida.
Nietzsche vai ao cerne do problema: Deus está morto como uma verdade eterna, como um ser que controla e conduz o mundo, como um pai bondoso que justifica os acontecimentos, como sentido último da existência, enfim, como uma ética, como um modo de vida, independentemente de sua existência ou não.
Baruch de Espinosa é um dos mais importantes e instigantes pensadores de todos os tempos. A ponto de Henri Bergson, importante filósofo do século XX, declarar que “todo filósofo tem duas filosofias: a sua própria e a de Espinosa”.
Na Ética, seu principal livro, Espinosa constrói geometricamente a gênese da ideia adequada de Deus. O ponto de partida espinosano é o conceito, caro à filosofia moderna, de substância.
Substância é aquilo que existe em si e por si mesmo, e sem o qual nada que existe pode ser concebido. Se é assim, se toda substância só o é na medida em que é causa de si mesma, diz Espinosa, só pode haver uma substância no universo.
Tal substância, ao causar-se a si mesma, causa a essência e a existência de todos os demais seres. A substância é, pois, o Absoluto. Esse Absoluto é o próprio Deus.
Mas, da própria assimilação de Deus à substância uma que é causa de tudo o que há, não se pode pensar a entidade divina como um ser situado em outro local (portanto, transcendente, conforme acreditam as religiões como o cristianismo, o judaísmo ou o islamismo) mas de um ser imanente ao próprio universo.
Quer dizer, Deus é o próprio universo, sua causa imanente, a substância absoluta que – forçosamente infinita (se fosse finita, teríamos de admitir a existência de uma outra substância que a limitasse), se exprime de infinitos modos. Deus sive Natura, Deus ou Natureza: não há distinção entre ambos, mas a própria Natureza é Deus na medida em que é a expressão (também temporalmente infinita) de Seus infinitos atributos.
Por conseguinte, não há relação de servidão entre o homem e Deus, pois não há criação, no sentido teológico do termo. Cada um de nós é resultado do processo de autoprodução de Deus: exprimimos seu Ser e Ele existe através de nós.
A Ética derruba os pilares de todo o construto teológico-metafísico baseado na ideia da transcendência de Deus ao mundo, ou seja, erguido sobre a imagem de um ser supremo, apartado do mundo, que o criou a partir do nada, e que o conduziria de acordo com princípios incognoscíveis para nossa razão.
Para Espinosa, Deus é a força imanente ao mundo e este é Sua expressão.
René Descartes formulou o argumento ontológico para a existência de Deus, postulando que a ideia de um ser perfeito implica sua existência.
Descartes: Demonstrou a existência de Deus a partir do facto de que não nos podemos conservar a nós próprios.
Immanuel Kant argumentou que, embora não possamos conhecer Deus através da experiência sensorial, a lei moral dentro de nós, implica na existência de um legislador moral supremo.
William James ofereceu uma abordagem pragmática da religião, sugerindo que a crença em Deus pode ter um impacto positivo na vida de um indivíduo.
Antony Flew inicialmente era um defensor do ateísmo, mas mais tarde na vida argumentou pela existência de uma divindade com base em novas evidências científicas.
Søren Kierkegaard enfatizou uma abordagem pessoal e subjetiva da religião, onde a fé em Deus é um salto individual além da evidência racional.
Friedrich Nietzsche via Deus como uma construção cultural que havia perdido seu poder, defendendo uma reavaliação de todos os valores na ausência do divino.
Karl Marx considerava a religião, e assim o conceito de Deus, como um produto das condições sociais, servindo como um ópio para amortecer a dor da opressão e manter o status quo.
Karl Marx (1818-1883) contemporâneo de Feuerbach e influenciado por este Marx não deixou duvida de seu ateísmo. Fez uma releitura de Hegel e criticou o idealismo dialético colocando a ideia como produto da realidade.
Para ele não era o Estado em si que movia a história e sim o conflito das classes, esses conflitos moviam a história para uma evolução com um auge comunista se aproximando dessa forma da ideia de Kant, que acreditava em um fim moral. Diz que o ateísmo é uma consciência individual e necessária.
Ao estudar a teoria marxista, Faddem discorre que o que deve ficar bem claro, é que para o filósofo - historiador o medo criou a divindade. Deus nada mais é que o reflexo do próprio homem. Foi o homem quem criou a divindade e não o contrário. A religião com os seus ritos são apenas manifestações de um homem desesperado e indefeso diante da fúria da natureza. “A religião nasceu com o método supersticioso para mitigar os horrorosos efeitos das forças naturais” (FADDEM, 1963, p. 150).
O teólogo e filósofo medieval cristão Santo Agostinho entendia Deus como a fonte suprema de verdade e bondade, um ser onisciente e onipotente que criou o universo e ordena a vida moral.
Albert Camus era um existencialista ateu, rejeitando a ideia de um Deus transcendente e focando na absurdidade da existência humana.
Jean-Jacques Rousseau, filósofo iluminista francês, enfatizou uma visão mais naturalista de Deus, identificando o divino na natureza e na consciência humana.
John Locke entendia Deus como o criador que dotou os indivíduos de direitos naturais, incluindo vida, liberdade e propriedade.
Para Ludwig Feuerbach, Deus é uma entidade imaginária, uma projeção humana, e não um ser sobrenatural. O autor alemão acreditava que os fenômenos religiosos são naturais e que a religião é uma prerrogativa humana.
De acordo com Feuerbach, o homem projeta em Deus suas virtudes, bondade, honestidade, amor, e outros sentimentos e desejos. A essência de Deus seria a essência divinizada do próprio homem.
Feuerbach acreditava que a natureza é o cerne da relação entre o homem e Deus. A natureza, composta por elementos como o Sol, a Lua, a água, o ar, os animais e as plantas, é fundamental para a vida humana.
Feuerbach considerava que a religião é uma forma de neutralizar o sentimento de dependência e de aplacar os desejos. Ele acreditava que a religião é algo necessário ao homem e que não pode ser extinta de sua vida.
Em sua obra principal, “A Essência do Cristianismo”, Feuerbach mostra que o Cristianismo coloca no seu cume um deus pessoal, ilimitado, que cria através do “puro pensar” e do “querer” a natureza e o homem.
Já em “A Essência da Religião” e nos Complementos e Esclarecimentos para a Essência da Religião, Feuerbach analisa a religião natural, na qual deus é um ser físico, idêntico à natureza. Assim como a religião cristã transformou a essência humana em deus, do mesmo modo a religião natural fez da natureza um deus.
Mas, para Feuerbach, o deus cristão não é um ser não-humano, mas o próprio homem adorado como divino, assim também o deus físico da religião natural não é deus, mas a própria natureza divinizada.
No séc. XIX o número de filósofos ateus aumentou consideravelmente. Mas, foi alemão Ludwig Feuerbach (1804 – 1872) o mais notável que influenciou o mais conhecido pensador ateu: Karl Marx.
Para ele Deus era uma projeção do homem em imaginação de sua própria evolução. Em sua obra “A Essência Do Cristianismo”, ele diz que “o homem cria deus a sua imagem e semelhança”.
Ainda na mesma obra Feuebarch afirma que a criatura inventou o criador e, portanto, é ela verdadeiramente o criador. Deus é um reflexo do próprio homem, uma projeção, uma inversão dos desejos humanos, um produto no qual o homem finito precário e dependente projeta seus desejos e possibilidades de perfeição, onipotência. A religião consiste no sentimento mais puro e absoluto do homem.
O homem deseja para si o que nele mesmo não encontra, como por exemplo: o ideal de justiça, bondade e virtude. Deus é um homem genérico que idealizamos e que não conseguimos realizar por nós mesmos.
Para Sartre, o ser humano criou a ideia de Deus para se livrar do peso da existência.
No séc. XX um dos mais famosos filósofos ateus é Sartre (1904-1980) Suas obras foram incluídas como livro proibido pelo vaticano. Em seu existencialismo a moral é colocada como valor existente sem necessidade de divindades. Para ele a moral é uma consciência de responsabilidade e não o medo de ser punido
Dos filósofos ateus contemporâneos mais ilustres é Sam Harris (1967). Graduado em filosofia e doutor em neurociência.
O pensamento de Harris é ideológico e também físico para demonstrar a “farsa das religiões” ele diz que: “A religião está perdendo argumentos perante a ciência”. Harris utiliza imagens de ressonância magnética neurológica para entender a crença, descrenças e incertezas. Harris escreveu dois livros: A Morte Da Fé (2004) e Carta A Uma Nação Crista (2006).
Escola de Frankfurt: Os filósofos da Escola de Frankfurt, como Adorno e Horkheimer, atualizaram o marxismo para o século XX.
Hannah Arendt foi uma filósofa judia alemã que teorizou o fenômeno do totalitarismo.
Pós-estruturalismo
O pós-estruturalismo, fundamentado por Michel Foucault, Gilles Deleuze e Jacques Derrida, visava quebrar a estrutura formal de pensamento baseada na razão.
O conceito de Deus também pode ser visto como uma idealização, uma concepção muito perfeita ou excelente de coisas que não existem no mundo.
O sagrado em Heidegger é uma dimensão sem a qual os deuses não podem aparecer. Os deuses são manifestações do sagrado, seus envios epocais e históricos, o que revela o caráter imanente do sagrado em
Heidegger e a ameaça que representa para a teologia cristão, ao tornar seu deus um mero evento de linguagem.
De acordo com Martin Heidegger, o conceito de Deus deve ser abordado com abertura para o novo, sem um parecer decisivo e inalterado. Para ele, a compreensão de Deus não se dá pela capacidade de explicar o Divino por meio da linguagem representativa, mas sim na linguagem poética.
Heidegger considerava que a morte do Deus da metafísica abre caminho para uma concepção do divino mais autêntica. Ele também acreditava que a postura filosófica ideal deve ser ateia, recusando qualquer filosofia que tenha como objetivo defender uma visão religiosa.
Algumas outras ideias de Heidegger sobre o conceito de Deus são:
A compreensão de Deus só pode ser "explicada" na linguagem poética, pois nela o homem se cala e quem fala é a própria linguagem. A questão de Deus deve ser identificada na experiência humana. A descrição fenomenológica da consciência religiosa dispensa a postulação da existência de Deus.
Segundo Edmund Husserl, Deus é um princípio teológico que fundamenta a teleologia, a ordenação do mundo e da vida subjetiva e intersubjetiva:
Como Ideia de perfeição absoluta, Deus pode ser chamado de supra-realidade. O discurso racional sobre Deus reforça a sua existência, libertando-a de toda a contingência humana.
Para ter sentido de “Deus” precisa ser para um sujeito.
Deus se doa mediado por uma teleologia da própria razão.
Husserl também afirma que a dependência de Deus em relação à intersubjetividade é um tema que não parece resolver a dificuldade relacionada ao sentido da transcendência.
Husserl foi um filósofo que abordou conceitos como intencionalidade e redução, que podem ser aplicados à investigação psicológica. Ele também negou que as leis lógicas possam ser fundamentadas na psicologia, ciência empírica.
Bertrand Russell, filósofo, matemático e historiador galês, considerava que a concepção de Deus era indigna de um homem livre. Ele acreditava que a religião era o maior obstáculo para a obtenção de uma sociedade racional.
Russell defendia que não é possível provar a existência de Deus, nem a sua inexistência. Ele considerava que a filosofia só é capaz de tratar da diferença, e que qualquer proclamação de unidade é um reflexo de misticismo enganador.
O bule sagrado
Em sua analogia, Russell reconhece que a ideia do bule espacial é absurda, mas em seguida propõe um cenário com o qual chega ao ponto que lhe interessa.
"Se a existência do bule fosse afirmada em livros antigos, ensinada como a verdade sagrada todos os domingos e incutida nas mentes das crianças nas escolas, duvidar de sua existência seria visto como uma excentricidade, e o cético mereceria a atenção de um psiquiatra... Ou de um inquisidor", escreveu Russell.
Russell, que era ateu, queria mostrar que o fato de muitas pessoas acreditarem em Deus não significava, segundo ele, que tal força realmente existisse.
Ou, em outras palavras, embora seja impossível provar que algo não exista, isso não pode ser tomado como prova de que essa coisa de fato existe.
Seguindo a analogia de Russell, muitos ateus concluem sua argumentação afirmando que quem deve apresentar as evidências são aqueles que acreditam na existência de Deus.
Até agora, dizem, não há provas de que tal ser sagrado seja real, então não veem razão para acreditar nele.
"As alegações que não podem ser provadas, as afirmações imunes à réplica, são realmente inúteis. Não importa o valor que elas possam ter para nos inspirar", escreveu o famoso cosmólogo Carl Sagan em seu livro "O mundo assombrado pelos demônios", no qual, a exemplo de Russell, brincou com a ideia de que em sua garagem havia um dragão invisível.
Os fieis, por outro lado, não sentem que o argumento do bule espacial os force a buscar mais provas da existência de Deus.
"O bule de Russell é pura fantasia", disse o sacerdote, teólogo e doutor em filosofia Gerardo Remolina, ex-diretor da Universidade Javeriana, na Colômbia, durante um debate com Richard Dawkins, em 2017.
"A comparação da realidade de Deus é completamente diferente; [como prova] de Deus estamos vendo a natureza, nossa vida", disse.
Outros, como o filósofo Alvin Plantinga, professor da Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos, dizem que o argumento do bule não se sustenta porque parte de uma premissa errada.
Russell afirma que não há como provar que o bule não exista, mas, segundo Plantinga, "temos muitas evidências contra o 'bulismo'", isto é, vestígios indicando que o bule não está no espaço, disse em uma entrevista ao jornal The New York Times em 2014.
Se um bule realmente tivesse sido enviado ao espaço, continuou o professor, teria sido uma história sobre a qual todos nós já teríamos ouvido falar.
Portanto, em sua opinião, o mesmo raciocínio pode ser aplicado à existência de Deus: se Russell acreditava que Deus não era real, ele deveria ter apresentado provas para apoiar sua teoria.
Nas palavras de Plantinga: "Se, como Russell diz, o teísmo é como o 'bulismo', para justificar-se, o ateu deveria ter uma evidência poderosa contra o teísmo".
Em suma, de acordo com o professor, cabe ao ateu provar que Deus não existe.
Para Nicolau Maquiavel, a religião é um instrumento fundamental para a conquista e manutenção do poder político. Ele considerava que a religião é agregadora e pacificadora, e que o temor a Deus é o segredo para a união, motivação e participação das estruturas de um país.
Maquiavel atribuía duas funções à religião: Instrumentum regni, ou seja, a serviço dos governantes. O governante deve saber interpretar a religião para conduzir o povo ao patriotismo.
Caminho cívico-educativo, ou seja, como força de persuasão em meio ao povo. A religião estabelece hierarquias e ordenamentos organizacionais, e faz uso do temor para manter a observância das leis.
Maquiavel aconselhava que os governantes preservassem os fundamentos da religião, independentemente de acharem que é falsa. Ele considerava que a religião é uma cura para as pessoas, mas também uma linha muito estreita.
Thomas Hobbes não admitia qualquer prova da existência de Deus, ao contrário de Descartes, que usava a prova ontológica para provar a existência de Deus pelos efeitos.
No entanto, Hobbes não era um filósofo ateu. Ele considerava que Deus e a religião eram instrumentos de domínio no estado, mas também demonstrava conhecimento e aceitação das questões relacionadas ao divino.
Hobbes acreditava que o Reino de Deus e a prática dele eram um bom caminho para o Estado. Ele considerava que, tendo fé em Jesus Cristo e obedecendo às leis, as pessoas chegariam a um acordo para obedecer também às leis civis e ao soberano.
Hobbes era um grande defensor do absolutismo, acreditando que era necessário um Estado Soberano para controlar a todos e manter a paz civil.
Panteísmo: A crença de que Deus é o universo inteiro, que faz parte do universo e se manifesta na natureza.
Teocentrismo: A concepção que posiciona Deus como o centro do universo e principal influência na vida humana e na ordem natural.
Outros conceitos de Deus na filosofia incluem:
O conceito de Deus como espírito, concreto.
A visão de que a ordem, a beleza, a grandeza que Deus espalhou sobre suas obras nos fazem conhecer sua sabedoria, sua verdade e sua divina infinitude.
O conceito de Deus dentro da Filosofia é amplamente discutido e varia de acordo com as correntes filosóficas. Na maioria das concepções, Deus é visto como a causa primeira e imutável do universo, ou seja, o princípio que está por trás de tudo o que existe e que não pode ser explicado por meio das leis naturais.
O Panteísmo é uma crença de que Deus não é o criador absoluto, pois é maior do que isso: ele abrange e compõe tudo, faz parte do Universo e se manifesta na Natureza, pois ambos são idênticos.
Portanto, ele é encontrado em todo o cosmos, em cada manifestação física e química, e está por toda a parte, pois ele é o todo, e corresponde a universalidade dos seres.
Ainda de acordo com essa filosofia, esse Deus não criou o cosmos e também não intervém na vida das pessoas, porque faz parte da realidade, já que há uma expressão divina em tudo que existe.
Alguns filósofos que acreditaram em Deus são:
Santo Anselmo: Monge beneditino do século XII, conhecido pelo seu argumento ontológico para a existência de Deus.
Santo Tomás de Aquino: Filósofo do século XIII, autor da Summa Theologiae, um texto exigido em muitos programas de filosofia.
São Paulo: Um dos principais nomes da filosofia cristã, suas pregações foram o início da estruturação dessa doutrina filosófica.
São João: Um dos principais nomes da filosofia cristã.
Santo Ambrósio: Um dos principais nomes da filosofia cristã.
Santo Eusébio: Um dos principais nomes da filosofia cristã.
Santo Agostinho: Um dos principais nomes da filosofia cristã.
São Justino: Um dos primeiros filósofos cristãos.
Santo Irineu de Lyon: Um dos primeiros filósofos cristãos.
São Boaventura: Um dos primeiros filósofos cristãos.
Santo Alberto Magno: Um dos primeiros filósofos cristãos.
A matemática tem sido usada para explicar o conceito de Deus de várias formas, como:
A série de Grandi, representada por 1 − 1 + 1 − 1 +…, é uma soma infinita que oscila entre 1 e -1. Alguns matemáticos e filósofos consideram essa série uma metáfora para a criação do mundo a partir do nada. A oscilação infinita entre 1 e -1 representaria o equilíbrio cósmico necessário para transformar o nada em algo.
O argumento ontológico de Gödel
Gödel propôs um argumento ontológico que define Deus como um ser com todas as propriedades positivas no mais alto grau de perfeição. Gödel usou a lógica modal para representar o conceito de Deus e concluiu que a existência de Deus é necessária e real.
A relação de Deus com a matemática em Platão
Platão considerava que o caráter matemático do mundo era uma consequência do fato de que "Deus sempre geometriza". Na República, Platão considerava que o conhecimento da matemática era um passo crucial para conhecer as formas divinas
É famosa a frase atribuída ao inglês G. K. Chesterton segundo a qual “quando um homem deixa de acreditar em Deus, ele não passa a acreditar em nada – passa a acreditar em qualquer coisa”.
Referências
FADDEN, J. Mc. Filosofia do comunismo. 2. ed. Lisboa: União gráfica, 1963. (Galáxia, vol. I).
NOGARE, Pedro Dalle. Humanismos e anti-humanismos: introdução à antropologia filosófica. 12. ed. Petrópolis: Vozes, 1990.