AS FORÇAS ARMADAS SÃO DO POVO

*Nadir Silveira Dias

Todo aquele que governa tem de fazer isso em nome do povo e para o povo desse território, não para outro território qualquer. Sim, pois todo território sem povo é nada. Tudo é construído pelo povo. Nenhum governante, rei, presidente, primeiro ministro, chanceler, emir, ou qualquer outro nome que se lhe dê, entrega para o Tesouro desse Território a quantia ou tesouro necessário para o governo que inicia.

E no Brasil não é e nem poderia ser diferente. Tudo o que existe aqui foi construído e pago pelo povo. Por conseguinte, todas as instituições também são do povo e todas as suas ações, seus atos, precisam ser com esse único viés. Ação diversa deveria ser considerada crime punível com o rigor legal.

E as recentes ações deste oito de janeiro de 2023 em tudo condenadas pelas autoridades não levam em conta as razões dessas ações, os seus fundamentos originais. A insurgência é bem conhecida e decorre da simples ciência da coisa sabida. Sim, a coisa sabida, pois o povo sabe em quem votou e não tinha como aceitar a concessão da vitória para o candidato em que povo votou em menor quantidade.

E como resolver isso? Todas as tentativas feitas pelas Forças Armadas resultaram infrutíferas porque o Tribunal Superior Eleitoral negou-se a entregar o código fonte das urnas, que era e é o único meio de aferir a lisura da contagem dos votos, defendida com unhas e dentes pelo titular desse Tribunal Administrativo, sem se compreender a razão pela qual age com atos tão extremados a ponto de expressar-se de modo chulo para um Ministro ao se referir ao candidato dado como vencido, com a expressão “Perdeu, Mané”!

E isso não é coisa de um Ministro, ainda que de Tribunal Administrativo, de um País como o Brasil. E se as Forças Armadas são do Brasil é óbvio que se tem que considerá-las do povo. E o povo ainda não teve a inteligência das Forças Armadas a favor do povo. E o que já deveria ter feito as Forças Armadas?

Deveria ter obtido os códigos fontes das urnas para poder conferir, recontar e proclamar o resultado conferido, recontado dos votos das Eleições de 2º Turno das Eleições de 2022, fosse quem fosse o ganhador, posto que as Eleições de 1º Turno elegeu um Congresso Nacional em tudo condizente, consentâneo com o governo que vinha realizando o candidato dado como perdedor no segundo turno.

As Forças Armadas são do povo, não do governante!

09.01.2023 09h44

* Jurista, Escritor e Jornalista

Nadir Silveira Dias
Enviado por Nadir Silveira Dias em 09/01/2023
Reeditado em 25/01/2023
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