Apostila de Metodologia Científica

Apostila de Metodologia Científica

Metodologia Científica

Tecer as dissidências que existem sobre o conhecimento espontâneo (senso, comum), e o conhecimento científico é demasiado cansativo, e, também não viceja que por de trás de qualquer cientista por mais rigoroso que seja há sempre um homem comum.

O senso comum é fruto das experiências cotidianas, e aplica uma lógica rudimentar aos problemas muitas vezes complexos.

Deste modo, o senso comum, se demonstra incompetente para decifrar determinados “mistérios”, que em verdade nada mais são do que fatos explicáveis racionalmente.

O senso comum é ametódico, assistemático, e principalmente ingênuo.

Reflete em grandes casos a necessidade imediatista de resolver situações.

O conhecimento espontâneo está preso as aparências, ele apenas vê..., portanto possui visão fragmentada e particular atrelada uma pequena parte da realidade.

O senso comum generaliza suas premissas numa tentativa de banalizar fatos e explicações complexas.

A fora isto, o conhecimento espontâneo é profundamente eivado de subjetivismo, onde pesam os juízos pessoais e emocionais.

O senso comum é presa fácil da ideologia que é forma de imposição de idéias e condutas visando à manutenção de dominação uns sobre os outros...

O conhecimento científico possui apenas cerca de 300 anos (surgiu + no século XVII) com Galilei. Se bem que a preocupação do saber é antiga, tanto assim que a filosofia despontou na busca da essência das coisas. E na antiguidade clássica, ciência e filosofia formavam um amálgama indissociável, e só vieram a se divorciar mais tarde, fazendo aparecer entre nós, à ciência moderna.

A ciência moderna nasce ao terminar um objetivo específico de investigação e ao criar um método para controle desse conhecimento.

Método ou methodo do latim methodus, conjunto dos meios dispostos convenientemente para chegar a um fim que se deseja.

Em matemática, conjunto de regras para resolver problemas análogos.

Em Filosofia, a reunião dos meios que se empregam nas ciências para achar a verdade.

A metodologia é o estudo ou tratado dos métodos; é a arte de dirigir o espírito na investigação da verdade.

E se pretende ser científica, pretende igualmente um distanciamento do senso comum, e, almeja uma isenção em analisar, criticar, perceber, deduzir e concluir sobre a realidade primadas sempre que possíveis verificáveis por experiência.

No método subjetivo, o ponto de partida é a concepção do espírito que supões a priori um certo princípio metafísico, donde tira as deduções, ou chega às deduções pelas concepções puras do espírito.

A necessidade da monografia de final de curso serve para demonstrar que o aluno conhecedor dos métodos aprende a realidade, assiste e participa diretamente do processo de aprendizagem... Dentro da idéia de que não basta apenas ensinar a pescar, precisa-se entender o rio, saber como aguardar a “presa” com a vara de pesca, apurar sensibilidades, entrar no é das coisas, e, de posse do mecanismo das essências, dominar e entender aquela parcela de conhecimento.

Monografia é um trabalho que deve ter por objeto um único assunto ou tema.

A fixação do tema é o primeiro passo importante para elaboração do trabalho monográfico, e deve ser de acordo com as características intelectuais do autor do trabalho.

Deve-se procurar ter uma visão ampla do tema, pesquisar-lhe a origem, a evolução através da história do tema, suas múltiplas aplicações em outros ramos de conhecimento, sua finalidade, sua utilidade e, até possíveis evoluções futuras.

O tema deve ter seu vetor existencial, bem riscado e, analisado, de sorte a permitir conclusões do autor do trabalho monográfico.

O tema tem que ser limitado, quer dizer: tem que centrar-se em objeto próprio.

Quanto mais específico for o objeto da monografia, mais profundamente seu autor poderá inserir-se no amargo da questão.

Importante também é submeter o tema a um questionamento adequado a fim exatamente de desenvolver o tema.

A problematização vai pouco a pouco especificando o objeto do trabalho monográfico.

Outra providência é limitar o campo da pesquisa, como, por exemplo, quando se tratar da parte doutrinária, poder-se-á proceder à chamada pesquisa de campo através de entrevistas com os juristas, ou ainda, uma pesquisa jurisprudencial, onde se verifica o posicionamento dos diversos tribunais.

A monografia de compilação não corresponde a uma mera cópia do pensamento de vários doutrinadores, exige o acesso ao maior número possível de obras publicadas sobre o tema, devendo o aluno se capaz de organizar, comparar, comentar as composições e, ainda elaborar suas próprias conclusões.

É importante também que haja a apresentação de discurso sobre o tema, os prós e os contras, procedendo-se a organização lógica e sistemática que será útil ao labor de conclusões autênticas.

A monografia de pesquisa de campo é empírica onde o autor entra em contato direto com os fatos ou pela indagação concreta das pessoas envolvidas ou relacionadas com o objeto do trabalho.

É necessária a avaliação de todo o material coletado, seguido de organização e sistematização em função dos problemas encontrados.

Apesar das entrevistas e dos materiais colhidos, a base é sempre teórica e, deve ter objetivos previamente traçados.

Pode-se partir de uma pesquisa realizada, quando por acaso o autor é desatualizado.

Pode-se ainda utilizar pesquisa anterior colocando-a em xeque, criticando-a e apontado os equívocos cometidos.

Tais equívocos podem mesmo surgir no ato da coleta dos dados ou, ainda nas conclusões extraídas, o que impões um trabalho duplo de buscar novos dados, e proceder à nova comparação com os dados anteriores.

Os métodos estatísticos têm de ser utilizados para elaboração da pesquisa, ao final da sistematização destes dados, o aluno deve fazer o arranjo teórico, amarrando-se toda a questão do inicio ao fim.

A pesquisa jurisprudencial tanto pode ser compilada como elaborada na forma de pesquisa de campo.

A monografia científica é trabalho útil à comunidade científica, e, vem dizer algo inédito, o que não que dizer que tenha total originalidade. O que se pretendem é realizar uma nova ótica com possível contestação do entendimento reinante. Vários pontos se podem chegar, ao descobrimento de algo novo, a demonstração do erro da pesquisa anterior e até a confirmação do que já havia sido descoberto.

A cientificidade da monografia de compilação é comprometida uma vez que não acrescenta nada de novo.

A teorização prévia com a colocação do problema e das hipóteses pode ser feita também através da monografia científica.

A peça-chave deste trabalho é questionamento correto dos problemas do trabalho, que devem ser resolvidos no próprio desenvolvimento do mesmo.

Os problemas delimitam o campo investigatório e, vai pouco a pouco, ditando um roteiro a ser seguido pelo trabalho.

A maneira de avaliar uma monografia se prende ao fato desta responder adequadamente as questões iniciais propostas, o que não significa resolver o problema, poder-se-á constatar a ausência de solução, porém a investigação deve terminar dentro de uma lógica sempre comprometida com o estudo do objeto pesquisado.

Ao relatar sobre o assunto deve-se formular o problema, depois hipóteses de solução, e se for pesquisa empírica ou de campo, coletar e organizar os dados levantados, construindo-se a base teórica, onde se formula a argumentação que será trabalhada pelo desenvolvimento do trabalho monográfico, sempre com a preocupação de comprovar as hipóteses.

Ao final, a conclusão demonstrando a adequação ou inadequação das hipóteses apresentadas temos, a demonstração da solução ou a permanência do problema.

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 15/11/2007
Código do texto: T738577
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