MEIO RÁPIDO E EFICIENTE DE EMPOBRECER A MAIORIA
*Nadir Silveira Dias
O Brasil vem demonstrando há muito tempo que produz muitos meios rápidos e eficientes para empobrecer a maioria de sua população. Aliás, a parte da população que tudo sustenta. Incrível, absurdo, patético, anacrônico e despudorado procedimento daqueles a quem compete o dever de equilibrar as contas todas do País.
Afora o Poder Fiscal que tudo faz por si mesmo, pois legisla, fiscaliza, autua, julga e executa, ente que por si mesmo prescinde de todo e qualquer outro aparato, e ainda assim mesmo o usa, tanto o próprio Judiciário quanto o Poder de Polícia, contra o tão espoliado consumidor contribuinte, tem ainda um outro dado alarmante que é a diferença entre o que vale o dinheiro do investidor e o que vale o dinheiro que ele mesmo toma emprestado.
E pior, esse regramento é dado, chancelado, permitido, pelo próprio governo da vez. De modo que ao espoliado contribuinte não resta qualquer defesa contra o poder fiscal, contra o poder financeiro, contra o poder econômico que, em conjunto, o impedem de ter qualquer garantia de qualquer coisa neste belo País, ainda que constitucionalmente esteja lá tudo muito bem engendrado para os mesmos de sempre, estes antes mencionados, contra os súditos que tudo sustentam, já sem mais poder pagar qualquer coisa.
Exemplo típico e comprovado por qualquer extrato enviado a todos os possuidores de cartões de crédito ou contas a pagar é o tamanho astronômico dos juros. Recentemente um correntista pagou juros de seiscentos por cento (600%) ao ano enquanto que o seu dinheiro investido no próprio banco rendia dois por cento (2%) ao ano. O nome disso? Pois é, quando o autor obteve formação jurídica isso tinha outro nome, inclusive no âmbito da própria Economia Política.
Juros de 600% ao ano para débitos e juros de 2% ao ano para crédito a quem põe o dinheiro no banco é transferência indevida de renda para quem tem tudo e contra quem não tem mais nada ou cada vez tem menos.
Isso precisa mudar com urgência ou morrerão todas as galinhas de ouro que sustentam todos senhores que assim decidem.
A quem recorrer? A Corte Internacional de Haia?
Ah! Mas não pode. Mas o que vem sendo perpetrado contra os consumidores contribuintes pode.
Como assim?
18.03.2021.00h07
* Jurista, Escritor e Jornalista