25% dos transplantes de córnea do Brasil são feito
25% dos transplantes de córnea do Brasil são feitos em Sorocaba
Evenize Batista
Sorocaba realiza atualmente 25% dos transplantes de córnea do Brasil e 50% dos transplantes de córnea do Estado de São Paulo. O atendimento é viabilizado pelo Banco de Olhos de Sorocaba (BOS), que também está no topo da lista de captação de córneas do Estado, do Brasil e da América Latina - este último posto, conquistado com os resultados obtidos em 2004: 2.060 doações, totalizando 4.120 córneas.
Atualmente existem cerca de 18 mil pessoas aguardando por um transplante de córnea no Brasil, sendo 7 mil no Estado de São Paulo. O tempo de espera, dependendo do Estado onde a pessoa está inscrita na lista de espera, pode levar de dois a quatro anos para fazer a cirurgia. Em Sorocaba, este período é de quatro a cinco meses e a fila tem seiscentos pacientes inscritos, o que atrai cada vez mais pessoas de outros estados para o Banco de Olhos e Hospital Oftalmológico de Sorocaba. "60% de nossa clientela é de fora", frisa Pascoal Martinez Munhoz, que deixou a presidência do BOS nesta sexta-feira.
Em comparação com os anos anteriores, o aumento dos números chama a atenção. Em 2000, a cidade era responsável por 12% dos transplantes do Brasil e atualmente o percentual está em 25%. Antes de transferir a função ao novo presidente, Sérgio Gabriel, Munhoz participou, no início da semana, do lançamento de mais uma ação pioneira desenvolvida em Sorocaba para aumentar a captação de córneas.
Os órgãos serão captados no Instituto Médico Legal (IML), após abordagem e autorização dos familiares de vítimas de mortes violentas. O serviço tem o envolvimento de parceiros como a Prefeitura, as Polícias Militar e Civil e as prestadoras de serviço funerário Ofebas e Ossel.
Segundo Munhoz, atualmente, o BOS contabiliza entre 350 e 400 doações por mês (equivalentes a cerca de setecentas e oitocentas córneas). Estes números são possíveis graças a solidariedade do sorocabano, como também dos moradores de cidades da região e da capital, onde atuam as equipes de captação do BOS. O serviço é realizado em municípios como Itapetininga, Tatuí, Itu e em outras oito instituições estaduais de saúde de São Paulo.
"Fomos procurados pelo governo do Estado para implantar o trabalho que realizamos aqui em outras localidades", explica Munhoz. Ele informa ainda que o trabalho faz parte do plano do Estado para zerar a fila de espera por córnea e poderá receber mais um reforço em breve, com nova parceria do BOS com a prefeitura da capital. "Também nos procuraram para montarmos equipes nos hospitais municipais", acrescenta Munhoz.
Sorocaba, domingo, 20 de março de 2005
Evenize Batista/Jornal Cruzeiro do Sul
http://www.jcsol.com.br/2005/03/20/20A703.php
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Douglas Lara
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