CURTAS CONTEMPORÂNEAS IV

*Nadir Silveira Dias

Eu sou do tipo de pessoa que ajuda. Não do tipo de pessoa que doa recursos para outro ajudar quem queira em nome próprio como queira.

Dia virá em que todas as igrejas serão mesquitas, sem o disparo de uma única bala.

É muito triste constatar, e pra mim isso é antigo, que contra a cretinice e a simulação pouca coisa alguém sério pode fazer. Longe de qualquer alusão, é preciso agir para que não passemos o tempo todo por bobos.

Todos os agentes políticos e todos os servidores públicos são pagos pelo povo. Portanto, todos são empregados do povo. E o que se vê é exatamente o oposto disso, pois tratam os contribuintes como seus, sem qualquer respeito, e até falta de urbanidade.

É preciso um choque de conscientização, com urgência, ou tudo se perverterá ainda mais.

Tudo o que nós precisamos comprar aumenta de preço. Os ganhos de todas as categorias estão como que congelados. Alguns há mais de cinco anos.

O medo constante é não conseguir mais reduzir o que se compra e aí ter que morrer ou matar para comer.

Mas o Estado Soberano de Direito não se dispôs a evitar uma perspectiva perversa como essa?

Logo todos estaremos a nos perguntar para que serve o Estado. E isso é muito ruim.

O Estado não pode servir apenas para se servir dos contribuintes.

Segue-se o poder financeiro, econômico e fiscal, todos chancelados pelo primeiro para extorquir o depauperado súdito que tudo é obrigado a pagar sem ter mais recursos para tal.

18.10.2020.20h37

* Jurista, Escritor e Jornalista

Nadir Silveira Dias
Enviado por Nadir Silveira Dias em 18/10/2020
Reeditado em 18/10/2020
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