MINISTRO DA ECONOMIA PRECISA ESCREVER UM LIVRO

*Nadir Silveira Dias

Isso mesmo! Não sou o primeiro nem o último a exigir essa primariedade. O Ministro da Economia do Brasil precisa escrever um livro para deitar cátedra sobre a economia que dirige neste belo País continental. Sim, pois há pouco fui perguntado para que servem as autoridades, visto que recomendo que as pessoas obedeçam as autoridades sanitárias e fiquem em casa. E não pude ser mais claro do que reafirmar que as pessoas devem crer nas autoridades sanitárias e ficar em casa, somente saindo em caso de extrema necessidade.

No mais, as autoridades servem apenas para exigir de nós mais e mais tributos e excrescências de toda ordem para manter o que já conseguiram amealhar para si mesmas. Veja-se o caso dos bancos. Criaram-se e cresceram sem quaisquer cobranças de despesas dos correntistas. E, desde algumas décadas é preciso pagar-se para ter conta em banco. Que absurdo mais alto do que este? E tem!

Ao depositar em banco, caso opte por alguma aplicação corrente, ganhará algo em torno de 0,02% ou 0,03% ao mês. No entanto, caso tome um empréstimo o mesmo dinheiro que você deposita, vai lhe custar não menos do que cinco por cento (5%) de juros médios correntes, por mês. Já disse e reafirmo que o nome disso é tirania, não democracia, que nunca foi e nunca será.

E assim face ao fato escancarado de que os bancos deixaram de ser alavancas de crescimento e de desenvolvimento econômicos para serem recolhedores e sangradores públicos e privados de todos aqueles que tomem qualquer empréstimo a qualquer título, salvante, é claro, aquelas empresas que conseguem empréstimos a três por cento ao ano.

Ora, então para que o Ministro da Economia do Brasil precisa escrever um livro? É muito simples! Simplesmente para explicar através de que teoria econômica se mantém um tal arbítrio desses, desde há décadas, no Brasil.

Mais, como as autoridades constituídas somente exigem de todos sem nada oferecer em troca isso resulta numa perversidade ainda maior, pois os produtores somente encontram alguma saída ao repassar para os consumidores o que lhes é exigido a mais, assim como de todos os demais. O resultado é que os que pagam tudo, pagam sempre mais do que todos os outros, em autêntica perversão explícita do ato de governar.

Mas teria algo muito mais recente a explicar, a justificar, e a objetivar o Ministro da Economia do Brasil, explicando que resultados obterá com a sua recente pretensão de tributar os dividendos daqueles que aplicam em ações. Que outra tributação quer o Ministro cobrar daqueles que recebem parcos dividendos das aplicações que fazem nas empresas que produzem, públicas ou privadas, garantindo os demais tributos que rendem ao País?

Ou não saberá o Ministro que os dividendos são tributados via imposto de renda antes mesmo de serem creditados aos seus aplicadores em ações? Ou quererá mesmo o Ministro da Economia aplicar bitributação sobre o mesmo fato gerador, vedado em lei e na jurisprudência pátrias?

07.0.2020 - 14h47

* Jurista, Escritor e Jornalista

Nadir Silveira Dias
Enviado por Nadir Silveira Dias em 08/07/2020
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